Ainda na faculdade inúmeros questionamentos norteiam as férteis mentes de futuros jornalistas, em fervoroso processo de desenvolvimento. As vezes por incentivo - quero acreditar que inconsciente - dos próprios professores, que ao em vez de encorajar e estimular, amedrontam e tentam moldar seus aprendizes para num futuro - não tão distante - serem meros repetidores das opiniões já pré-estabelecidas pelas empresas que os receberão como funcionários.
Enquanto isto, exemplos como o da jornalista Neila Medeiros (e da paraíbana Raquel Sherazade) revelam que sim, existe espaço para jornalistas de opinião autêntica, responsável e comprometida. Jornalistas que não se calam diante dos absurdos e do cômico-trágico cinismo de autoridades que, sem o menor respeito com a sociedade, tentam livra-se da responsabilidade culpando quem - ao contrário deles - cumpri devidamente o seu papel.
A revolta - compreensível - da jornalista aconteceu depois que o secretário de obras da cidade de Luiziânia, em Goiás, declarou não poder resolver os problemas solicitados por estar há dias dando satisfação á população, através da mídia.
O que talvez o senhor secretário esqueceu é que foi exatamente pra isso que ele foi instituído, para SERVIR ao povo e claro, ser cobrado quando necessário. Já a imprensa, na condição de canal de informação e "representante" do povo, cabe a árdua tarefa de continuar de olhos e microfones abertos, para noticiar incansavelmente aquilo que é de interesse comum. Nem que para isso tenha que incomodar e cansar quem - ao contrário dela - não desempenha bem a sua função.
"A responsabilidade pública diz respeito ao dever moral que todos nós temos em relação ao bem estar e ao rumo de nossas sociedades. Por definição, como seres culturais, nós compartilhamos obrigações pela nossa vida em comum, independente do fato de pertencermos ou não a alguma instituição ou de nossa qualificação profissional"
( CHRISTIANS, 1986, p.135)
E aos companheiros focas fica a inspiração... Yes, we can!!!
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