"Porque o tempo é tão implacável, roubando-nos as oportunidades se não formos suficientemente rápidos para agarrá-las imediatamente?"
( Liv Ullmann )
Eu imaginei que o último ano da faculdade me roubaria o sossego, mas não levei em consideração que essa condição poderia ser antecipada. Ainda caminho para o antepenúltimo semestre, mas já sinto uma leve falta de ar, principalmente de tempo.
Exatamente hoje, 16.03.2013, o Pré-Jornalismo completa 5 meses de abandono. Uma renúncia forçada em meio a correria das dezenas de trabalhos e centenas de milhares de páginas para leitura. Não, não é exagero .. a coisa tá tensa!
Mas caindo no clichê: também sou brasileira e não desisto nunca... então o Pré-Jornalismo segue!!!
Na última quarta (19) tive a honrosa oportunidade de participar da Mesa Redonda "Jornalismo Sensacionalista", organizada pelo CA de Comunicação da UFPB (Gestão Idealize), com a presença de grandes nomes do telejornalismo paraibano (e também daquilo que alguns teimam chamar de telejornalismo).
Compunham a mesa, Patrícia Rocha e Bruno Sakaue (ambos da Cabo Branco afiliada da Rede Globo), Samuka Duarte (TV Correio / Record), Fábio Araújo (Tv Tambaú/SBT), Lauro Lima (TV Clube/Band) e Jonas Batista (Tv Arapuã/Rede TV), mediando o debate a competente professora e jornalista Agda Aquino.
Reunir numa só bancada cinco grandes emissoras para debater o jornalismo sensacionalista não é uma tarefa simples, assim como não foi. Enganava-se quem (como eu) imaginava que só veríamos discursos rasos e dissimulantes, de fato em alguns momentos eles estavam presentes, mas em sua maioria o que se ouviu foram declarações coerentes e em algumas vezes até reveladoras, pra não dizer comprometedoras.
Diante de uma discursão tão questionável, era de se esperar que houvessem apontamentos, questionamentos e protestos. Mas um grupo de alunos (e ex alunos) de comunicação da UFPB resolveu ir além, e destemidos armaram um teatro/picadeiro em meio ao auditório, trajados de roupas sujas de sangue artificial, maquiagem horripilante e nariz de palhaço, e protestaram contra a atuação do apresentador Samuka Duarte, em seu programa diário Correio Verdade.
Como bem posicionou-se a mediadora Agda, a universidade é um espaço democrático, permissível de manifestações como aquelas. No entanto, no meu ponto de vista, o excesso de engajamento tornou a permissão em falta de respeito e baderna.
E o excesso veio de todos os lados, do "palanque" onde Samuka teimava em não permanecer sentado (como os demais), esquivando-se das perguntas e ironizando a reação da platéia, que o vaiava, mandando beijinhos e fazendo coraçãozinho com as mãos, e dos estudantes que não o deixavam terminar uma única frase, esbravejando até mesmo com ofensas pessoais.
Ok, o protesto se perdeu no meio do caminho.
O que também não justifica que, um dia depois do fato ocorrido, estudantes de jornalismo e comunicação em geral posicionem-se como defensores desse jornalismo às avessas e use seus blogs e redes sociais para advogar contra tudo que aprenderam na acadêmia e em favor do apresentador do Correio Verdade.
Confesso que sai daquele auditório admirando o cidadão Samuka, mas única e exclusivamente por seu autocontrole. Afinal estavam, declaradamente, todos contra ele. Ou melhor, contra o papel que ele exerce dentro da mídia paraibana. Mas continuo, ainda que não tenha absolutamente nada contra sua pessoa, enojando (palavra que ele usou para referir-se ao seu sentimento pelos estudantes que participaram do protesto) o que ele chama de jornalismo policial.
É bem verdade que naquela bancada não existiam "santos", todos ali exercem um papel de responsabilidade e sabem que em alguns momentos, ainda que a contragosto, cometem seus excessos. Mas, todos hão de convir que o que Samuka e seus ajudantes (repórteres) fazem na televisão não é jornalismo, até por que não foi pra isso que eles estudaram, nem é isso que eles sabem fazer.
Me intriga quando Samuka defende-se dizendo que quem não gostar de seu programa pode fazer uso de controle remoto, e simplesmente mudar de canal ou desligar a TV, e pronto. O problema estará resolvido. Mas será mesmo que é tão simples assim?
Quer dizer que pra discordar do que é feito, basta somente eu me abster de assisti-lo? Ok, eu não o assisto. Ainda assim sei que centenas (milhares de centenas) de pessoas ainda continuarão assistindo e reverberando a violência como espetáculo, fazendo as crianças acreditarem que "Samuka boy doido" é uma boa opção pra seu entretenimento e etc. Como quem diz: Não quer ver como os hospitais públicos estão sucateados, como os pacientes são desumanamente tratados? Então não frequente a esses ambientes (use o controle remoto), faça um plano de saúde particular e todos os problemas estarão resolvidos. Será que estarão mesmo? Devo pensar em mim e dane-se o mundo... os sem informação, os alienados que defendem que #SAMUKAÉ10NATV ?
Volto a repetir: não tenho nada contra Samuka, mas definitivamente não consigo conceber a conduta de seu programa, e ai se insere patrocinadores, diretores, editores, chefias... Muito embora eu saiba que ele não é o primeiro, o único e tão pouco (infelizmente) será o último. Ainda assim, permaneço acreditando ser indispensável continuar não somente me importando com a minha TV sintonizada em canais A ou B, mas no que pessoas que detêm o poder da comunicação estão fazendo com a sociedade em que vivo, e pela qual também sou responsável.
Vídeos
- O "jornalismo" policial do Correio Verdade (Apresentação Samuka Duarte)
Assistir à canais de tevê aberta nos finais de semana, é o mesmo que implorar pra que um ato de insanidade faça seu controle remoto criar assas e voar certeiro, bem no meio da tela daquela caixinha de asneiras. Talvez não saibam, mas felizes são aqueles que não precisam passar por tal provação.
Porém, inevitavelmente em algum momento das nossas vidas, nos veremos diante de uma tevê ligada, em pleno sábado ou domingo.
Ai filhote, é levantar de mansinho pedir pra sair e dar aquela velha e eficiente saída à francesa, ou se não der... encha os pulmões, respire fundo e espere a bomba. Não daquelas de dinamite, mas daquelas que fedem, e fedem muito. Pensamento subentendido.
Sábado, cheguei exausta do trabalho, me joguei no sofá e comecei a saltar de canal em canal quando uma cena completamente bizonha (foto), me fez paralisar os dedos. Sim! Eu assisti... até onde meu bom senso aguentou, mas confesso... eu assisti!
Tá! Eu não vou entrar no mérito do "Melhor do Brasil" (???), mesmo por que tiro meu chapéu (Ops! misturei os programas) pro versátil Rodrigo Faro, que apesar de apelar de vez enquanto precisa ter seu talento 1001 utilidades reconhecido. Também não vou criticar as modinhas à la Felipe Neto, já fui adolescente, tive meus gostos estranhos (lê-se tenho)... etc e etc.
Mas tem uma coisa que eu preciso perguntar: O QUE É RESTART???
Genteeeeeeeeeeeeeeeeeeee do céu. Sério mesmo, eu teria vergonha de me expor em rede nacional - e internacional - aparecendo daquele jeito. Na realidade é de dar vergonha SER daquele jeito.
Me desculpem aqueles que gostam, acham tchutchuco, bilú bilú e coisa e tal... mas aqueles caras não são normais (principalmente esse que usa cabelinho de Chitãozinho e Xororó e Junior). Desculpa prometi não falar de modinhas... afinal, cada um tem o seu estilo, ou imita o dos outros... Vintage. (???)
Fora as roupas esquisitas, os soquinhos na cabeça, os momentos de linguinha de fora, a semelhança do Faro e uma moça que chorava descontroladamente na platéia o que mais me chamou atenção é o repertório da banda... como assim eles só tem 2 "músicas"? uhauhauah
Foi cômico a dobradinha do "Restart original" e o "Restart Faro" no palco, hora um dublava uma musica, hora o outro dublava também outra música, na terceira e quarta e quinta e sexta e sei lá quantas vezes isso se repetiu eles revezavam em duas "músicas", se é que dá pra chamar de música... por que antes tivesse rima, ai poderíamos dizer... que era música, afinal ão do coração rimava com o ão do feijão, mas sinceramente, nem isso.
PS. Ain Santo Deus, descobri que o vintage da família Xororó chama-se PELANZA... quem pede pra sair agora sou eu, falo mais nada!!!