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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Os números do Nissin Ourfali

Até eu me arrisquei na baleia! rs
Um personagem engraçado, com uma animação tosca e uma musiquinha que gruda na cabeça. Pronto! Nasce um hit para internet que, passando de amigo pra amigo, entre compartilhamentos e curtidas, logo se propaga, como um vírus alastrador.

O garoto de origem judaica, Nissin Ourfali, em poucas horas viu o vídeo que comemorava  seu “Bar Mitzvah” (entrada dos meninos na maioridade religiosa, algo como completar 18 anos na lei civil do Brasil. Para os meninos isso acontece quando eles completam 13 anos e para as meninas, 12 anos) num hit da internet. Os números de views surpreenderam a todos, inclusive aos pais do garoto que logo retiraram o vídeo da rede para evitar a exposição.Não adiantou muito, logo várias cópias do vídeo foram publicadas no YouTube e em uma hora foram visualizadas mais de 400 mil vezes. E os números continuam crescendo, como demostra o vídeo produzido pela agência Trianons:


Embora exista uma tendência em virais, que surgem como vídeos amadores e depois se revelam criações publicitárias, o caso "Nissin" parece mesmo ter sido um "acidente de percurso" que divertiu a rede, mas também fomentou um debate importante sobre autoexposição e fluxo de informação, que é assunto pra um próximo post!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A cultura do plágio


Texto publicado inicialmente no Papo Universitário, em 27.08.2012

Não é novidade que quase tudo que é produzido por aqui tem inspiração exterior. Os programas de tevê, os padrões jornalísticos, as produções musicais e, até mesmo, os hábitos de moda, comportamento e consumo, na sua maioria, são consequências de colagens daquilo que foi idealizado lá fora. 

Para o jornalista e professor britânico Marcus Boon, autor do livro Praise of Copy (Elogio à Cópia), ainda sem tradução no Brasil, existem diferenças objetivas entre plágio, imitação e cópia, sendo esse último diferenciado por três categorias: a cópia boa da ruim, a cópia criativa, com atitude de transformação e a cópia não-criativa, que não faz nada além de repetir, inclusive a má informação. 

Boon define o plágio como sendo algo apresentado como original, com a explicita intenção de que receptor não saiba que aquilo é uma cópia. Trata-se de um fenômeno antigo, que já era muito comentado entre gregos e romanos. A imitação, por sua vez, é um processo universal de vários níveis, que inclui moléculas orgânicas e até culturas. Esse processo se caracteriza pela transformação de uma ideia original. Já a cópia refere-se a um modo particular de pensar sobre todo o processo de imitação.

cultura do Ctrl+C e Ctrl+V, quando indivíduos copiam outros, inevitavelmente resulta na morte da originalidade e no desaparecimento da criatividade. Na arte, casos como estes chegam a atingir o demérito, principalmente se levarmos em consideração o alto nível de criatividade do povo brasileiro. O clipe "Sou como sou", recém lançado pela cantora baiana Preta Gil, exemplifica como essa perda de originalidade pode comprometer um trabalho relevante.

A música não é ruim e a proposta é apreciável, mas o clipe traz referências explícitas e sequências claramente plagiadas de uma outra produção: Countdown, da americana Beyoncé. Seria o plágio  inconsciente ou estariam subestimando nossa memória? Seria uma homenagem, uma crítica ou não existiria outra forma de inspirar-se sem propriamente copiar?

Tirem suas próprias conclusões. O fato é que, seja na arte, na vida ou na acadêmia, o plágio é rigorosamente condenável, por ferir padrões éticos, ser crime previsto no código penal e desvirtuar o propósito da inteligência. Já que sempre é possível criar algo, verdadeiramente, novo. E se me permitem uma paródia, "nós já fomos mais criativos", como encerraria Carlos Nascimento. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Case Nextel: Vendendo emoções


Já se foi o tempo em que holofotes gritantes conquistavam o consumidor anunciado promoções aos berros. Em tempos de comunicação instantânea, imagem, som e tecnologia mudou-se o consumidor e o modo de se vender.

Conquistar audiência pela emoção já não é novidade para o mundo da publicidade, diversas campanhas tem alcançado seus objetivos com humanização e lágrimas. Contando histórias, simples assim!

Um recente exemplo é a campanha lançada pela NEXTEL, na última segunda-feira (13). Em menos de uma semana, o vídeo postado no YouTube, já foi visualizado mais de 600 mil vezes.

"Protagonistas da minha histórias", apostou no jogador de vôlei Ricardinhocomo um de seus personagens. O atleta, eleito o melhor levantador da Copa dos Campeões (2005) e melhor jogador da Liga Mundial (2007), foi afastado da seleção em julho de 2007 e  perdeu o posto de capitão do time. 

Hoje, cinco anos depois e de volta à seleção, ele prepara uma homenagem às verdadeiras protagonistas de sua vida.

Vale a pena assistir... com o patrocínio de lencinhos chorar-faz-parte!!!



"Toda grande história tem mais de um protagonista."

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ebook: Papo de Universitário


Quando se está no ensino médio, pra uma boa parcela dos estudantes, o maior desejo consiste em "terminar os estudos", enquanto para alguns o oásis está na aprovação do vestibular. Entrar pra universidade significa: não ter mais pai e mãe marcando pressão, fazer festa todo dia e estudar quando der, ou melhor, tornar-se bicampeão em UNO. É, UNO, aquele joguinho de cartas, tipo baralho. Sabe?

O que foge da percepção dessa galerinha é que o mais importante não é exatamente o cumprir dessas etapas, como o ensino médio e a universidade. Muito embora elas sejam fundamentais, por darem sequência a um caminho convencionado, são apenas etapas, que vão significar, ou não, num breve futuro profissional. E esse "ou não", depende só do indivíduo, ou seja, de mim e de você.

Foi justamente pra nos fazer "pensar fora da caixa" e obter resultados significativos, ainda nessas etapas, que o psicólogo recifense Marcos Rodrigues, lançou ontem (14) o Ebook Papo de Universitário, um livro que promete servir de "bússola" para perguntas como:

-Você se sente paralisado ou pronto para a ação, diante dos desafios impostos pelo mundo do trabalho?
- Tem dúvidas ou acha que fez a escolha correta no momento de planejar sua carreira?
- Você já parou realmente pra pensar no que você quer pra sua vida?
- Você procura fórmulas para o sucesso enquanto ainda é estudante de graduação ou regras mágicas capazes de potencializar seu perfil acadêmico?
Já percebeu que alguns dos grandes conselhos que recebeu na graduação, durante o ensino médio ou em qualquer fase importante de sua vida, dificilmente funcionaram? 

Com a realidade cada dia mais instável na comunicação, os desafios mutáveis dos meios e  os desatinos do STF - quanto ao reconhecimento do profissional diplomado em jornalismo-, para nós pré-jornalistas a hora de agir e tentar fazer a diferença é sempre o AGORA. Quebrar paradigmas (que o livro também propõe) e instigar a "receita de bolo" é um desafio diário para quem acredita na comunicação como atividade profissão.

Agora é com você... Boa leitura!!!

  

domingo, 12 de agosto de 2012

Redes sociais x estratégia

V Encontro Paraibano de Empreendedorismo



Como diria o grande filósofo Joseph Climber: a vida é mesmo uma caixinha de surpresas. É exatamente com esse sentimento - de grata surpresa - que finalizo, nesse sábado, minha participação em mais um evento.

Há cerca de dois meses me inscrevi no V ENPE – Encontro Paraibano de Empreendedorismo. Tenho um interesse peculiar por esse tipo de evento. Sempre participo tentando buscar links entre os cases apresentados e a realidade da comunicação, do jornalismo. E, inevitavelmente, acabo aprendendo muito da ousadia, dos erros e acertos.

Apesar de estar na sua quinta edição, eu ainda não conhecia o evento e o fator determinante para que eu realizasse minha inscrição, foi o anúncio da participação de um cara, que eu conheço há pouquíssimo tempo, mas que tem me despertado muito interesse. Fernando Anitelli, pra quem não está associando o nome à figura (circense, acima) trata-se do criador e vocalista do O Teatro Mágico, uma trupe que une música, poesia, circo, sarau, teatro e uma pitada instigante de política – ou idealismo, como queiram. O fato é: os caras, que não se curvaram diante de uma indústria fonográfica repulsiva, tornaram-se fenômeno na internet (e fora dela), levando multidões aos seus shows, defendendo o movimento MPB (Música Para Baixar) e fazendo arte com ousadia e qualidade, o que é melhor.

É... só nessa descrição dá pra perceber tamanha a minha expectativa em ouvir o que o "garoto de Oz" (Osasco-SP) tinha a compartilhar. Pois bem, pra minha infeliz decepção um dia antes da palestra descobri que, por problemas familiares, sua participação no evento havia sido cancelada. Dá pra imaginar a minha cara de desânimo e descontentamento? Dá!!! Eu sei que dá!!!


Pra vocês terem uma ideia, cheguei a ligar para a organização do evento para me informar como resgatar o valor da inscrição, nessa altura, eu já tinha desistido de participar. 

Entretanto, são em momentos como estes, que até a organização do evento havia sido pega de surpresa, que a gente reconhece a importância de um bom atendimento. Por e-mail negociei a devolução do meu investimento, mas acabei sendo "convencida" de que seria interessante dar “uma chance” ao evento, afinal além de Anitelli, haviam mais 11 palestrantes e um 12° que o substituiria.  Relutei de início, mas acabei aceitando a proposta.

E para a nossa alegria, posso dizer sem medo: QUE BOM QUE A GENTE MUDA DE IDEIA!!!

Apesar de ser um evento voltado, quase que, 99% para estudantes e profissionais de administração, estou feliz e grata por ter “desarmado” minha frustração e ter participado do evento. Conhecer histórias, pessoas, casos e até fracassos não tem preço. 

Moral da história: quase sempre vale a pena dar uma chance ao desconhecido. Boas ou ruins, experiências são sempre experiências, e quando elas são positivas – como no caso do ENPE – não há 50 reais que pague. Que venha a sexta edição, quem sabe - finalmente- com a presença do Anitelli.