Há quarenta e dois anos atrás, certamente os pesquisados do Departamento de Defesa norte-americano jamais imaginariam o que viria a ser a sutuosa Arpanet, até então uma rede nacional de computadores que tinha o objetivo de conectar as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano.
A rede de conecções expandiu-se por todo o mundo, de tal forma que a humanidade e as relações sociais nunca mais foram as mesmas. Assim, como o Jornalismo e tantas outras profissões.
Histórias como a do jovem Rene Silva, estudante do 2° ano do ensino médio, morador do complexo de favelas do Alemão no Rio de Janeiro, ressaltam a importância do jornalismo colaborativo, mas principalmente a força de transformação que a internet, sobretudo pelas mídias sociais, causou na sociedade.
Rene, conquistou a admiração e o respeito de centenas de pessoas - algumas delas de muita notoriedade - quando em meio ao caos causado entre o confronto de traficantes e policiais na comunidade onde vive, fez sua voz ecoar pelo país através do microblog twitter.
Quando pessoas como o Luciano Huck, a novelista Glória Perez e o jornalista Jorge Pontual começaram a retuitar o que ele postava seu numero de seguidores saltou de 200 para 40 mil.
E na medida em que a repercussão foi chegando aos sites de notícias, novas e incríveis descobertas eram sendo reveladas sobre jovem prodígio. Uma delas, é que ele não é simplesmente um "twitteiro" - o que já seria o máximo - por que além de utilizar a rede social, ele também mantém um site e um jornal comunitário impresso, o qual foi fundador há 5 anos e hoje contabiliza uma tiragem média de 5 mil exemplares.
Com o reconhecimento do seu talento e do trabalho fantástico que desenvolveu, Rene foi convidado a participar de uma palestra, no dia de ontem (23), no Campus Party Brasil, evento de tecnologia e cultura digital que aconteceu em São Paulo e reuniu mais de 6500 pessoas, entre participantes, colaboradores e palestrantes. Além disto, recebeu uma bolsa para cursar a faculdade de Jornalismo na Faculdade Estácio de Sá, curso este que ele faz questão de fazer antes de ser de fato considerado jornalista.
Isso é a sociedade da cibercomunicação, da inteligência coletiva. E que multipliquem-se os "Renes" por este mundo à fora, empenhados em fazer a diferença. Isso é encantador!
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