Olá, pessoal!!!
Neste meu primeiro texto para o blog Pré Jornalismo, quero
abordar aquele que para muitos é considerado brega, para outros considerado cult,
mas que na verdade deve ser considerado por todo e qualquer estudante ou
profissional de comunicação, como a maior referência no meio. Falo de Senor
Abravanel, ou simplesmente Silvio Santos.
Nascido em família humilde, Silvio é um dos raríssimos casos
de quem teve sorte na vida desde a infância. Uma historinha para ilustrar: na
década de 40, um seriado era a coqueluche entre as crianças, entre elas Silvio.
Passava toda quarta-feira no Cine OK. Silvio e seu irmão Leon marcavam presença
toda semana. Um dia Silvio pegou uma gripe e sua mãe o proibiu de ir ao cinema,
apesar dos inúmeros apelos daquele garoto de 11 ou 12 anos. Pois bem. Não é que
justamente neste dia houve um princípio de incêndio no cinema? Felizmente
ninguém se feriu, mas Silvio considera este como sendo o primeiro golpe de
sorte de sua vida.
Esta historinha e muitas outras você pode ler no livro “A
Fantástica História de Silvio Santos”, escrito por Arlindo Silva. Nele, o autor
relata vários episódios da infância, da juventude dividida entre a atividade de
camelô nas ruas do Rio de Janeiro e o rádio e da vida adulta passando pela fundação
do Baú da Felicidade, sua estreia na TV até a instalação e consolidação do SBT,
de sua propriedade.
Com voz e trejeitos marcantes e sempre com uma surpresa na
manga, Silvio Santos consegue comunicar com incrível facilidade para os mais
diversos públicos. Ele atinge – como ele mesmo diz – “senhoras e senhores,
moças e rapazes, meninas e meninos”.
Certamente o Silvio que você esteja acostumado a assistir é
este que todo domingo à noite se mostra como um “velhote safadinho e depravado”.
Na verdade este foi um papel que Silvio precisou assumir para se posicionar com
destaque na implacável disputa de audiência do domingo, entre ele próprio, o
Fantástico (Globo), o Domingo Espetacular (Record) e o Pânico (Band). Percebendo
que não havia condições de concorrer com dois programas jornalísticos, Silvio
mirou sua artilharia para o Pânico, na tentativa de tirar público do
humorístico e vem conseguindo, com incrível genialidade, o que não me
surpreende.
Vejo em Silvio Santos um grande referencial na forma de
comunicar, nas brincadeiras com o auditório e na forma de vender seus produtos.
Silvio é um vendedor excepcional. Costumo dizer que se colocar um caminhão
lotado de peixe podre, ele é capaz de vender os peixes e até o caminhão com
motorista e tudo.
O empresário Silvio Santos também deve ser destacado. Soube
avançar e recuar em seus negócios como poucos, sem manchar sua imagem nem sua
credibilidade. Basta lembrarmos da crise do Banco Panamericano, da qual Silvio
saiu de forma digna, e que foi o ponto de partida para um verdadeiro
enxugamento do seu gigantesco grupo empresarial, que culminou com a venda do
lendário Baú da Felicidade ao Magazine Luiza.
É assim, retratando o maior comunicador do Brasil de todos
os tempos, que eu inicio minha participação no blog Pré Jornalismo. Obrigado a
Juliny pelo convite e espero que tenham gostado deste pequeno relato, que
serviu para abrir os olhos das novas gerações de comunicadores para este
verdadeiro fenômeno que há 50 anos invade, diverte e entretém nossos lares
todos os domingos.
Até a próxima!
Cacá Barbosa, radialista, publicitário e fã incondicional de
Silvio Santos.
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