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domingo, 12 de maio de 2013

Agora é hora de alegria! (por Cacá Barbosa)


Olá, pessoal!!!

Neste meu primeiro texto para o blog Pré Jornalismo, quero abordar aquele que para muitos é considerado brega, para outros considerado cult, mas que na verdade deve ser considerado por todo e qualquer estudante ou profissional de comunicação, como a maior referência no meio. Falo de Senor Abravanel, ou simplesmente Silvio Santos.

Nascido em família humilde, Silvio é um dos raríssimos casos de quem teve sorte na vida desde a infância. Uma historinha para ilustrar: na década de 40, um seriado era a coqueluche entre as crianças, entre elas Silvio. Passava toda quarta-feira no Cine OK. Silvio e seu irmão Leon marcavam presença toda semana. Um dia Silvio pegou uma gripe e sua mãe o proibiu de ir ao cinema, apesar dos inúmeros apelos daquele garoto de 11 ou 12 anos. Pois bem. Não é que justamente neste dia houve um princípio de incêndio no cinema? Felizmente ninguém se feriu, mas Silvio considera este como sendo o primeiro golpe de sorte de sua vida.

Esta historinha e muitas outras você pode ler no livro “A Fantástica História de Silvio Santos”, escrito por Arlindo Silva. Nele, o autor relata vários episódios da infância, da juventude dividida entre a atividade de camelô nas ruas do Rio de Janeiro e o rádio e da vida adulta passando pela fundação do Baú da Felicidade, sua estreia na TV até a instalação e consolidação do SBT, de sua propriedade.

Com voz e trejeitos marcantes e sempre com uma surpresa na manga, Silvio Santos consegue comunicar com incrível facilidade para os mais diversos públicos. Ele atinge – como ele mesmo diz – “senhoras e senhores, moças e rapazes, meninas e meninos”.

Certamente o Silvio que você esteja acostumado a assistir é este que todo domingo à noite se mostra como um “velhote safadinho e depravado”. Na verdade este foi um papel que Silvio precisou assumir para se posicionar com destaque na implacável disputa de audiência do domingo, entre ele próprio, o Fantástico (Globo), o Domingo Espetacular (Record) e o Pânico (Band). Percebendo que não havia condições de concorrer com dois programas jornalísticos, Silvio mirou sua artilharia para o Pânico, na tentativa de tirar público do humorístico e vem conseguindo, com incrível genialidade, o que não me surpreende.

Vejo em Silvio Santos um grande referencial na forma de comunicar, nas brincadeiras com o auditório e na forma de vender seus produtos. Silvio é um vendedor excepcional. Costumo dizer que se colocar um caminhão lotado de peixe podre, ele é capaz de vender os peixes e até o caminhão com motorista e tudo.

O empresário Silvio Santos também deve ser destacado. Soube avançar e recuar em seus negócios como poucos, sem manchar sua imagem nem sua credibilidade. Basta lembrarmos da crise do Banco Panamericano, da qual Silvio saiu de forma digna, e que foi o ponto de partida para um verdadeiro enxugamento do seu gigantesco grupo empresarial, que culminou com a venda do lendário Baú da Felicidade ao Magazine Luiza.

É assim, retratando o maior comunicador do Brasil de todos os tempos, que eu inicio minha participação no blog Pré Jornalismo. Obrigado a Juliny pelo convite e espero que tenham gostado deste pequeno relato, que serviu para abrir os olhos das novas gerações de comunicadores para este verdadeiro fenômeno que há 50 anos invade, diverte e entretém nossos lares todos os domingos.

Até a próxima!

Cacá Barbosa, radialista, publicitário e fã incondicional de Silvio Santos.




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