Nem parece, mas já fazem 7 anos que fui convidada a participar de um site onde, segundo a tradução de sua apresentação, eu poderia me conectar a uma, até então inimaginável, rede de contatos. Aliás, era mais do que isso, eram pessoas reais, com suas histórias, preferências e fotos, doze, se não me falha a memória.
Motivada pela curiosidade e o prazer da descoberta logo aprendi a lidar com a plataforma azulzinha, de nome esquisito: Orkut. E não demorou para que eu já estivesse familiarizada com o, já antigo, conceito de redes sociais, agora incorporado à comunicação digital. E, de lá até cá, muita coisa aconteceu, inclusive o meu desapego pelo Orkut. Aliás, não somente meu, mas de 90% dos meus contatos, ou amigos, como queira.
Novas plataformas surgiram e foram incorporadas ao nosso dia a dia, enquanto o Orkut ia ficando em segundo, terceiro, quarto... plano. Entretanto, embora o Twitter e o Facebook estejam hoje no topo das redes em ascensão no Brasil (há bom tempo, ultrapassamos o Japão, atingindo a posição de segundo país que mais utiliza o Twitter, perdendo apenas para o EUA), o Orkut permanece vivo para alguns milhares de tupiniquins.
Segundo uma pesquisa realizada entre dezembro/2011 e janeiro deste ano, pelos institutos ComScore e SemioCas, o Orkut continua sendo a rede social com maior número de usuários no Brasil, especialmente no Nordeste. Apesar desse número ser alterado a cada mês, talvez possa até ser ainda maior, já que tais pesquisas não incluíram usuários que fazem uso de lan houses, o que ainda é bem comum no Brasil.
Contudo, ainda que os brasileiros estejam se adaptando às novas plataformas, percebesse que, em alguns casos, os usuários evitam essa transição. Não que um indivíduo não possa estar em todas redes sociais, porém, quem já tentou sabe o quanto é difícil conseguir interagir com as múltiplas plataformas satisfatoriamente. Além do mais, já que a mola mestra das redes são as relações é compreensível que os usuários estejam onde os seus contatos estão. E com isso o Orkut vai conseguindo resistir, sedado e respirando através de aparelhos, àqueles que parecem ser seus últimos dias.
#RIPSCRAP
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