A clássica cena de um astuto cachorro que apanha o jornal no jardim e traz até a mesa, onde seu dono o aguarda para aproveitar o dejejum e se inteirar das notícias do dia tem se limitado, cada vez mais, as nossas remotas memórias (ou as cenas de antigas ficções). O cotidiano atual não é mais assim.
Uma recente pesquisa, realizada pela americana Pew Research, destacou que as empresas jornalísticas têm reais motivos para se preocuparem com o futuro de suas produções. Já que, diferente das gerações anteriores, os leitores de faixa etária entre 18 a 47 anos não têm o mesmo interesse por notícias.
Os números revelados na pesquisa apontam que consumidores de notícias da chamada Geração X, que abrange a faixa de 33 a 47 anos e os Millennials, de 18 a 31 anos demonstram poucos indicativos que se tornariam consumidores ativos de notícias, ainda que os meios fossem alterados.
Enquanto 58% da faixa etária de 48 a 84 anos são leitores que consomem muita notícia diariamente, apenas 45% da geração X e 29% dos usuários de 18 a 31 anos dizem se interessarem por produtos noticiosos.
Para as pesquisas, porém, esse índice não é novidade. Há anos estudos comprovam que as pessoas tem lido menos e embora as empresas jornalisticas estejam adequando suas produções para um futuro cada vez mais móvel e conectado, os dados comprovam que muito mais do que uma adaptação, o jornalismo precisa reconquistar a audiência, ou do contrário, escreveremos pra nós mesmos.
Mais informações (em inglês)
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