Apesar de recorrente às temáticas de debates o assunto a tratarmos já não é mais novidade. Com a velocidade da informação, cada dia mais, os profissionais e veículos da imprensa têm se rendido as velocidade insana da web. E é justamente nessa velocidade (ou seria na insanidade?) que se esconde o perigo.
Diversas informações inverídicas ou equivocadas já foram detonadas nos cento e quarenta caracteres do Twitter, e até mesmo nos próprios portais de renomados veículos.
Alguns casos não rendem conseqüências maiores, a não ser o constrangimento de ter que se retratar, entretanto outros casos mais graves serviram como estopim para preocupantes questionamentos.
Alguns casos não rendem conseqüências maiores, a não ser o constrangimento de ter que se retratar, entretanto outros casos mais graves serviram como estopim para preocupantes questionamentos.
E os (maus) exemplos servem de alerta máximo, como bem destacou o portal da revista Veja, ao se desculpar com os leitores, após divulgar uma notícia inverídica.
Entenda o caso: Em agosto do ano passado, o site do jornal O Globo e da revista Veja publicaram uma notícia falsa envolvendo duas grandes empresas mundiais: Coca-cola e McDonald´s e o autoritarismo do governo boliviano. Na ânsia do famigerado furo jornalístico, ambos veículos publicaram que a Coca-Cola teria sido expulsa da Bolívia e com isso a rede de McDonald´s teria sido obrigada a também deixar o país. Pura insanidade. Não houve expulsão nenhuma, e quanto ao McDonald´s, a rede de lanchonetes deixou de atuar no país desde 2002 (10 anos atrás) por baixo faturamento.
O que, entretanto, chamou ainda mais atenção para o caso foi o fato do portal O Globo - diferente da Veja - não ter se posicionado eticamente, admitindo o erro e corrigindo a informação, ao contrário preferiu atribuir o equivoco a declarações do Ministro boliviano, que teria dado declarações dúbias sobre a empresa Coca-cola, induzindo ao erro. Ahãm... tá bom, faz de conta que a gente acredita (e que isso é fazer jornalismo), só que não.