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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A ética cor de rosa

Matéria produzida por Juliny Barreto, em Junho de 2011, para a disciplina de PERO, do curso de Jornalismo, da Universidade Federal da Paraíba. 

Reportagem e Diagramação: Juliny Barreto



Clique na matéria para visualizar com zoom



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Mídias sociais podem ajudar jornalismo a acompanhar mudanças no uso da informação

Fundadora do site The Huffington Post, a empresária norte-americana Arianna Huffington diz não acreditar em uma separação estanque entre a mídia tradicional e as mídias sociais. "Há algo que falta na mídia tradicional que nós podemos capturar nas mídias sociais: contar histórias. Estamos preocupados demais com dados. É muito mais difícil capturar leitores com dados do que com histórias." A empresária está em São Paulo e deu uma palestra no evento InfoTrends em que alertou que é preciso entender melhor como essa mudança altera o uso da informação. "Antes consumíamos as notícias no sofá. Agora fazemos isso galopando." Em sua apresentação, fez outra crítica ao jornalismo: é preciso acompanhar mais uma mesma história. "Não é apenas publicar uma reportagem. É preciso continuar cobrindo." Arianna disse que as mídias sociais revolucionaram também a maneira como as empresas se relacionam com os consumidores. "Não pense no Twitter como um mapa da vida das pessoas, mas sim como um mapa da mente delas." Ela citou o Huffington Post como exemplo de como aproveitar melhor as mídias sociais. "Nós não damos apenas informação ao leitor. Damos uma plataforma onde ele pode compartilhar seus pontos de vista e seus hobbies." O site Huffington Post dá acesso gratuito a seu conteúdo que seu origina, em grande parte de maneira voluntária, de blogueiros. A viagem da empresária ao Brasil tem como objetivo encontrar um sócio para iniciar a operação local do grupo. 




 Fonte: Folha de S.Paulo / O Estado de S. Paulo / Comunique-se

Blogs e Jornalismo: A união faz a força, e a informação.





Demorou um pouco até que a ideia fosse assimilada, mas o Jornalismo atual já se deu conta de que não está mais sozinho. O cenário é outro e a audiência é independente na sua voz.


A participação dos leitores e telespectadores nos veículos de comunicação não é novidade. Seja através de cartas ou telefonemas a audiência sempre se fez presente em opiniões, sugestões e denúncias. Entretanto, todas essas inserções costumeiramente ainda passavam pelo crivo dos profissionais, até finalmente serem ouvidas e publicadas, ou não.

Hoje o quadro é diferente, a audiência passou a ter vez e voz independente. Basta apenas uma conta de email, um pouco de conhecimento, quase nada de recurso e pronto, qualquer individuo tem uma página na internet acessível ao mundo, pra chamar de sua, simples assim. De fato, uma revolução fantástica!

Revolução esta que pegou os bons e velhos jornalistas de "calças curtas". Na realidade poucos deles acreditavam que a tal bolha da internet renderia tanto. Mas rendeu. E essa recusa, talvez por medo, incredulidade ou simples estranheza, fez com que alguns dos soberanos da imprensa ignorassem a evolução de tais páginas pessoais.

Enquanto isto os diários de adolescentes foram dando espaço à outras temáticas e outros perfis de autores, que hoje, fortalecidos, já comemoram inclusive status de parceiros. 

É o que propõe O Povo On Line, portal do jornal cearense que lançou uma seção exclusiva para divulgar blogs e sites que possuam o que eles chamam de "um conteúdo qualidade".

Uma louvável iniciativa!




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mudanças ou mudanças, eis a questão

Por Bernadete Toneto - Observatório da Imprensa


Em agosto do ano passado, a versão internacional do site sul-coreano Ohmy News saiu do ar. Fruto da pioneira e mais bem-sucedida experiência de produção colaborativa de informação do mundo, o site alegou dificuldades de edição e checagem do grande volume de matérias recebidas diariamente. Desde sua criação, em 2000, o Ohmy News marcou uma forma “nova” de produzir notícia. Em 2002, seus colaboradores, alçados à condição de repórteres, ajudaram a eleger o presidente sul-coreano Roh Moo-hyun (2003-2008). Foi o pontapé para o que se convencionaria chamar de “jornalismo cidadão”. Em 2010, com uma redação composta por 65 redatores e editores profissionais e mais de 50 mil “jornalistas cidadãos”, o site tremeu diante do principal fantasma do jornalismo: a perda da credibilidade, o maior valor da informação, hoje e sempre.

Esse é apenas um exemplo do cenário em mutação na imprensa da era tecnológica. Quando parecia que todos poderiam ser jornalistas, ficou claro que para fazer jornalismo do bom é preciso gente preparada para captar e difundir informação séria e confiável. O cenário mostra que são necessárias mudanças na formação profissional. Diferente do estereótipo do repórter farejador de notícias ou do intelectual de mesa de escritório, o que se exige hoje do jornalista são: boa formação cultural, bom texto, excelente domínio do português e de uma outra língua (de preferência, o inglês), criatividade, rigor de apuração dos fatos, isenção, compreensão das novas tecnologias, habilidade na gestão de processos comunicacionais e capacidade de adaptação a uma variedade de funções decorrentes do processo de convergência nos sistemas de produção das empresas. Ufa!

Jornalismo no Brasil tem futuro?

Por mais que pertença a uma geração calejada tecnologicamente, o super-mega-hiper jornalista do século 21 tem de estudar. Deve se preparar para atuar no campo da cibercultura e do jornalismo digital. Mas, quantas instituições de ensino superior estão conseguindo adequar currículos dos cursos de Jornalismo a esse cenário? Em primeiro lugar, não há uniformidade nos currículos dos 322 cursos de jornalismo do Brasil cadastrados no site do Ministério da Educação (MEC). O Mapeamento do Ensino do Jornalismo Digital no Brasil em 2010, realizado por dez professores de Comunicação, revela uma briga das boas.

O estudo, ainda que parcial (31,68% do total de cursos), mostra um quadro preocupante. Guardadas as devidas exceções, verifica-se a compartimentalização do jornalismo digital em disciplinas que não dialogam entre si. Em tempos de produção colaborativa, ainda predomina uma visão fordista do ensino, com professores detentores de conhecimento inquestionável. Prevalecem os blogues como produção laboratorial. Os cursos (em especial os das universidades públicas) lutam contra o sucateamento de laboratórios. E – acreditem ou não – permanece o dilema entre o livre acesso ou o bloqueio de sites e recursos da rede ao aluno.

Diante do presságio do fim dos impressos, do fim da obrigatoriedade do diploma definido pelo Supremo Tribunal Federal em junho de 2009, da revisão das diretrizes curriculares do curso de Jornalismo pelo MEC e do fechamento de cursos por instituições privadas de ensino provocado pelo menor interesse dos alunos, fica mais uma pergunta: o jornalismo no Brasil tem qual futuro?


Bernadete Toneto é jornalista, mestre em Comunicação e Cultura na América Latina pela Universidade de São Paulo (USP) e professora de cursos de graduação em Comunicação e de ?pós-graduação em Gestão de Projetos Culturais














sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Londres em chamas, jornalistas acesos: bastidores de uma cobertura 2.0


Não se fazem mais jornalistas como antigamente. Não desses com bloquinhos de anotação, caneta, um gravador e, no máximo, um celular 2G. Uma boa cobertura exige estar sempre ‘on’, ligado via smartphone e redes sociais no que está acontecendo a seu alcance e longe de si. Experimentei esse gostinho do jornalismo 2.0, já quase 3.0, enquanto cobria o quebra-quebra de Londres na semana passada. Como correspondente de última hora, também fiquei de olho em como os coleguinhas da imprensa britânica exploram as novas tecnologias na produção de notícias.
Eram duas da matina de terça (2 de agosto) quando recebi e-mail do chefão de São Paulo pedindo cobertura especial de Londres. Não tenho televisão em casa e, por isso, sintonizei o iPlayer da BBC (gratuito por aqui) para acompanhar as atualizações dos ataques na cidade. Escarafunchei os sites da Metropolitan Police e de Downing Street – gabinete do premiê – para saber dos números oficiais de presos, focos de tumulto no Reino Unido e agenda emergencial de David Cameron. Como todo órgão possui assessoria e está na rede, hoje é muito mais fácil encontrar informação precisa on-line. Ainda mais em casos excepcionais, como #londonriots.
Além de fazer um relato bem completo sobre cada ponto de incêndios e saques em Londres, o blog do 'The Guardian' listava o avatar dos repórteres que estavam no Twitter. Passei a seguir os 'correspondentes de crime': @PaulLewis, @sandralaville e @lizzy_davies. O Paul estava trabalhando de madrugada, tuitando a cada cinco minutos sobre a situação do local em que estava. Como no rádio, a cobertura via Twitter é recheada de intervalos fáticos e informações por se confirmar. Dizia Paul: “há relatos de incêndios em tal local” ou “situação mais calma por aqui, estou de saída para outra área”.
Salvei no celular os locais atingidos por vândalos àquela hora para seguir pra lá no início da manhã seguinte. Às 7 da manhã, já estava no trem rumo a Londres lendo o 'Daily Mail' via smartphone. O jornal acusava as redes sociais de serem as responsáveis pela onda de violência no Reino Unido. Determinismo tecnológico não cola comigo. Nem comigo nem com a galera do 'The Guardian', que respondeu à altura com um artigo sobre tecnologia e organização dos arruaceiros. O BlackBerry teria sido o canal preferido dos jovens rebeldes para planejar o quebra-quebra. Imediatamente, passo a seguir @UK_BlackBerry que, 1.0, não sabe bem como responder às questões de dezenas de tuiteiros e jornalistas sobre as mensagens que teriam sido trocadas pelos brigões por meio do Messenger do aparelho.
No meio do tiroteio tecnológico, encontro uma bandeira de paz e amor na tuitosfera. A campanha #riotcleanup mobilizava britânicos a ajudar comerciantes lesados pelos ataques. Pela hashtag, descobri que um dos grupos de voluntários estava em Hackney, um dos bairros mais afetados pelos crimes na noite anterior. O GPS me ajudou a chegar à notícia sem muito esforço. Fiquei pensando nas voltas que dei como repórter da 'CBN', atrás da fonte, do lugar exato da entrevista, até ficar tonto. Na época, cinco anos atrás, tudo que eu queria era uma bússola. Hoje, quase todos os jornalistas britânicos do mainstream têm.
Cruzei Londres do norte ao sul, entrevistando, acompanhando sites, blogs, tuítes, tuitando (claro!) e batendo textos pra cumprir a meta de tempo-real. E aí, o inevitável: a bateria do telefone móvel e do laptop acabou! Como tirar fotos da megainterdição em Clapham Junction? E da rua com todas as lojas depredadas? Se discordo da tese de determinismo tecnológico, não posso esquecer as sábias palavras do maior teórico da sociedade em rede, Manuel Castells: “tecnologia é sociedade”. Portanto, o exercício profissional de um jornalista 2.0 só pode ser compreendido levando-se em consideração seu uso da tecnologia.
Mas a gente dá um jeito. Dentre ruas vazias, quase sem viv’alma, encontrei um pub. Enquanto carregava o laptop, assistia ao telão da 'SkyNews' com as últimas notícias do dia. Com alguma bateria, volto ao local do crime, em Clapham Junction, e descubro que tem WiFi no meio da rua.... É Londres, afinal! Retomo a 'transmissão' para o Brasil e sigo conectado a todos os outros pontos da capital britânica via Twitter. Taí o futuro de nossa profissão: ser transmídia 24 horas! Haja fôlego!

Diego Iraheta é jornalista concluindo mestrado de Mídias Digitais na University of Sussex, na Inglaterra. Twitter: @diego_iraheta

 

Portal Imprensa ministra oficinas em Recife/PE

Duas das conceituadas oficinas promovidas pelo portal  IMPRENSA, de São Paulo, serão ministradas este mês em edição especial em Recife/PE.

Edição de Texto
22/09 - Quinta-feira
Local: Recife / PE
Horário: das 19h às 23h

Palestrante: Maria Luiza Borges
Editora executiva do Jornal do Commercio
Jornalista formada pela UFPE, com mestrado em comunicação e tecnologia pela Universidade de Brunel, em Londres. Já atuou como editora de Economia, Cidades, Brasil/Internacional e Ciência e Meio Ambiente, no Jornal do Commercio e como repórter nas áreas de Ciência e Meio Ambiente e Cidades. Também trabalhou com assessoria imprensa (na UFPE e na Escola Técnica Federal, hoje IFPE), com rádio (Rádio Jornal) e TV (TV Golfinho, em Fernando de Noronha). Já foi professora da pós-graduação em comunicação da Faculdade Esurpe.

Descrição:
Direcionada a repórteres que busquem uma posição de editor no mercado, a oficina de edição de texto discute alguns dos fundamentos imprescindíveis para quem comanda o conteúdo editorial de uma publicação. Dentre os temas debatidos, estão a importância de um título que cative o leitor, a relação de hierarquia visual e textual entre as matérias, o diálogo do texto com a diagramação e a disposição das matérias em um espelho de revista ou jornal são alguns dos temas em que a oficina será moldada.

O Texto no Jornalismo On-line
23/09 – Sexta-Feira
Local: Recife / PE
Horário: das 19h às 23h

Palestrante:
Carolina Monteiro (Editora do Diário de Pernambuco on-line)

Descrição:
Na oficina de Jornalismo Online serão apresentadas as dicas e técnicas para a produção de conteúdo conciso e atrativo para o leitor. As ferramentas úteis para o jornalismo online, exemplos de trabalhos jornalísticos na web bem-sucedidos e planejamento de reportagens também estão no programa. Esta oficina é ideal tanto para quem quer complementar sua formação de jornalismo como para quem busca conhecimento na área (seja para conhecê-la mais a fundo ou para profissionalizar seus métodos de trabalho).


Ambas oficinas oferecem certificado de conclusão.   





Inscrições e maiores informações:  www.oficinasimprensa.com.br