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sábado, 25 de fevereiro de 2012

No Facebook: Carta de um professor brasileiro

É de Física... mas poderia facilmente ser de Comunicação.


NOTA DE ATUALIZAÇÃO
Após publicação deste post fui informada que a carta, da forma que está sendo divulgada nas redes sociais, na realidade se trata de uma corrente, onde alguém apropriando-se das reais palavras do professor Mauricio Giardi acrescentou outras informações e distribuiu nas redes sociais. Ciente do compromisso com a verdade, editei o post com a íntegra da carta e o texto "complementar" (que também é de extrema relevância) como "outras considerações".




Porto Alegre (RS), 16 de julho de 2011


Caro Juremir (CORREIO DO POVO/POA/RS)
Meu nome é Maurício Girardi. Sou Físico. Pela manhã sou vice-diretor no Colégio Estadual Piratini, em Porto Alegre, onde à noite leciono a disciplina de Física para os três anos do Ensino Médio. Pois bem, olha só o que me aconteceu: estou eu dando aula para uma turma de segundo ano. 

Era 21/06/11 e talvez pela entrada do inverno, resolveu também ir à aula uma daquelas alunas “turista” que aparece uma que outra vez para “fazer uma social”. Para rever os conhecidos. Por três vezes tive que pedir licença para a mocinha para poder explicar o conteúdo que abordávamos. Parece que estão fazendo um favor em nos permitir um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma explicação que necessitava bastante atenção de todos, toca o celular da menina, interrompendo todo um processo de desenvolvimento de uma ideia e prejudicando o andamento da aula. Mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala estavam pessoas que queriam aprender e que o Colégio é um local onde se vai para estudar. Então, a “estudante” quis argumentar, quando falei que não discutiria com ela. Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido repreendida na frente de colegas. 

De casa, a mãe da menina ligou para a Escola e falou com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria sido errada. Tampouco procurou a diretora da Escola. Qual passo dado pela mãe? Polícia Civil! Isso mesmo, tive que comparecer no dia 13/07/11 na oitava delegacia de polícia de Porto Alegre para prestar esclarecimento por ter constrangido (?) uma adolescente (17 anos), que muito pouco freqüenta a aula e quando o faz é para importunar, atrapalhar seus colegas e professores. A que ponto que chegamos? Isso é um desabafo.

Discussões em sala de aula viram casos de polícia no RS



Tenho 39 anos e resolvi ser professor porque sempre gostei de ensinar, de ver alguém se apropriar do conhecimento e crescer. Mas te confesso, está cada vez mais difícil. Sinceramente, acho que é mais um professor que o Estado perde. Tenho outras opções no mercado. Em situações como essa, enxergamos a nossa fragilidade frente ao sistema. Como leitor da tua coluna, e sabendo que abordas com freqüência temas relacionados à educação, te peço que dediques umas linhas a respeito da violência contra o professor.


Parabéns pelo teu trabalho e um grande abraço!


Maurício Girardi




OUTRAS CONSIDERAÇÕES

Diante de tal fato fica cristalina a visão de que, neste país:

Ø NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES Ø NÃO PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO

Ø AFINAL, PARA QUE SER UM PAÍS DE 1° MUNDO SE ESTÁ BOM ASSIM

Alguns exemplos atuais:

· Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês. Homenageado pela “Academia Brasileira de Letras"... 

· Tiririca: R$ 36.000,00 por mês. Membro da “Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...

TRADUZINDO: SÓ O SALÁRIO DO PALHAÇO, PAGA 30 PROFESSORES. PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É IMPORTANTE: CONTRATE O TIRIRICA PARA DAR AULAS PARA SEU FILHO.

Um funcionário da empresa Sadia (nada contra) ganha hoje o mesmo salário de um “ACT” ou um professor iniciante, levando em consideração que, para trabalhar na empresa você precisa ter só o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado? Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00… Moral da história: Os professores ganham pouco, porque “só servem para nos ensinar coisas inúteis” como: ler, escrever, pensar,formar cidadãos produtivos, etc., etc., etc....

SUGESTÃO: Mudar a grade curricular das escolas, que passariam a ter as seguintes matérias:
Ø Educação Física: Futebol;
Ø Música: Sertaneja, Pagode, Axé;funk
Ø História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira; Biografia dos Heróis do Big Brother; Evolução do Pensamento 
das "Celebridades"
Ø História da Arte: De Carla Perez a Faustão;
Ø Matemática: Multiplicação fraudulenta do dinheiro de campanha;
Ø Cálculo: Percentual de Comissões e Propinas;
Ø Português e Literatura: ?... Para quê ?...
Ø Biologia, Física e Química: Excluídas por excesso de complexidade.
Está bom assim? ... eu quero mais!... 
ESSE É O NOSSO BRASIL ...
Vejam o absurdo dos salários no Rio de Janeiro (o que não é diferente do resto do Brasil)
Ø BOPE - R$ 2.260,00....................... para ........ Arriscar a vida;
Ø Bombeiro - R$ 960,00.....................para ........ Salvar vidas;
Ø Professor - R$ 728,00.....................para ........ Preparar para a vida;
Ø Médico - R$ 1.260,00......................para ........ Manter a vida;
E o Deputado Federal?.....R$ 26.700,00 (fora as mordomias, gratificações, viagens internacionais, etc., etc., etc., para FERRAR com a vida de todo mundo, encher o bolso de dinheiro e ainda gratificar os seus “bajuladores” apaniguados naquela manobrinha conhecida do “por fora vazenildo”!).

FONTE: Corrente divulgada no FACEBOOK (autoria desconhecida)




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

De A à V: Os jargões do Telejornalismo

Você já se imaginou num lugar onde não pudesse se comunicar? Consegue imaginar a frustração de viver numa "terra estranha" onde ninguém falasse sua língua e você não compreendesse absolutamente nada? Terrível né?

Pois é, vida de foca não é fácil e o primeiro contato com uma redação pode se tornar uma experiência catastrófica caso não estejam preparados, e por dentro da linguagem utilizada pelos profissionais no dia a dia da notícia. 

Em raras ocasiões eles podem contar com uma boa alma experiente disposta a auxilia-los, mas não se pode contar com a sorte, com o que se aprende em sala de aula, muito menos com o tempo e a paciência dos dinossauros, que, em alguns casos, nem se quer notam a presença de um foca. Sendo assim a melhor solução mesmo é correr atrás do conhecimento e aperfeiçoa-se diariamente através da observação, dos livros e claro, habituando-se aos usuais jargões do dialeto jornalístico:

Ao vivo: Transmissão de um fato. A notícia na hora em que ela acontece. A transmissão pode ser feita dentro do estúdio ou no local do acontecimento.

Arte: Ilustração visual computadorizada, utilizada para facilitar a compreensão do 
telespectador. Costuma-se usar em matérias que têm gráficos, tabelas e/ou números.

Áudio: O som da reportagem.

Áudio ambiente: Som gravado na hora e no local em que a reportagem é feita. O som ambiente, além de ilustrar a matéria, pode conter informações importantes.

Audiotape: Termo técnico que indica a gravação de um texto do repórter via telefone.

Background ou BG: Som do ambiente ou música de fundo que acompanha a fala do repórter (off).

Bloco: Um telejornal é dividido em partes que chamamos de blocos.

Boletim: Resumo do fato. É gravado pelo próprio repórter no local dos fatos. Dá origem ao stand-up.

Break: intervalo comercial entre blocos.

Briefing: resumo da informação. Termo técnico usado com frequência na reunião de pauta.

Cabeça da matéria ou cabeça do vt: É o lide da matéria. Quem lê é sempre o apresentador que introduz o assunto da matéria feita pelo repórter.

Chamada: Texto sobre os principais destaques do telejornal, transmitido dentro da programação normal da emissora. Tem como objetivo atrair o telespectador.

Contraplano: Recurso usado na edição da matéria. Quando o entrevistado aparece calado, olhando para o repórter, ou o repórter aparece fazendo uma pergunta para o entrevistado.

Deadline: Termo usado para definir o prazo final de qualquer procedimento.

Decupagem: É quando o editor marca a minutagem das melhores cenas e sonoras feitas pela equipe de reportagem na rua.

Deixa: Indicação para o Diretor de TV de onde ele deve cortar.

Diretor de TV: Profissional que comanda toda a operação técnica enquanto o telejornal está no ar.

Edição: Montagem de uma matéria unindo áudio e vídeo.

Entrevista: Diálogo entre o repórter e o personagem fonte da informação.

Entrevista coletiva: Repórteres de vários veículos de comunicação participam da mesma entrevista.

Escalada: São as manchetes do telejornal, sempre no início de cada edição. Serve para aprender a atenção do telespectador no início do jornal e informar quais serão as principais notícias daquela edição.

Espelho: É o cronograma de como o telejornal irá se desenrolar. Prevê a entrada de matérias, notas, blocos, chamadas e encerramento do telejornal.

Fade: É um escurecimento na tela. Fade in é o aparecimento, e fade out, o desaparecimento gradual da imagem na tela.

Fechamento: Momento de fechar o espelho e montar o script do jornal.

Flash: Resumo da notícia gravada pelo repórter de rua.

Frisar: Efeito de congelamento de uma imagem.

Fusão: Recurso de edição. Desaparecimento e aparecimento simultâneo da imagem, que chegam a ficar sobrepostas. Usada em matérias mais elaboradas.

GC: termo técnico que indica os créditos de uma matéria na lauda.

Inserção em crawl ou roll: Entrada de legendas no rodapé da tela, da direita para a esquerda (crawl), ou de baixo para cima (roll).

Insert: Colocar imagem ou adio na matéria através de edição eletrônica.

Lauda: Papel com marcações especiais, em que o jornalista escreve os textos.

Lead: Invariavelmente está na abertura da matéria ou a cabeça da matéria lida pelo apresentador.

Link: Termo técnico que indica entrada ao vivo do repórter, do local onde acontece a notícia.

Locutor ou apresentador: Profissional que faz a apresentação das notícias no telejornal.

Manchete: Frase de impacto com informação forte.

Matéria: O mesmo que reportagem. É o que é publicado no veículo de comunicação.

Matéria bruta: fita não editada.

Nota ao vivo/pelada: Notícia lida pelo apresentador do telejornal, sem qualquer imagem de ilustração.

Nota pé: Nota ao vivo, lida ao final da matéria, com informações complementares.

Nota coberta: Nota cuja a cabeça é lida pelo apresentador e o texto seguinte é coberto com imagens. Esta nota pode ser gravada ou ao vivo.

Notícia: Acontecimento relevante para o público do telejornal ou qualquer veículo de comunicação.

Off the records ou Off: Informação que o jornalista não pode divulgar.

Passagem: Gravação feita pelo repórter no local do acontecimento, com informações a serem usadas no meio da matéria. É o momento em que o repórter aparece na matéria para destacar um aspecto da matéria.

Plano: Angulação da câmera. Pode ser plano geral, médio, americano, primeiro plano ou primeiríssimo plano.

Povo fala ou Fala Povo: É a entrevista feita com várias pessoas – uma de cada vez –, que repercutem determinado assunto.

Retranca: Identificação da matéria. É o nome que a reportagem tem. É usado apenas internamente e destaca apenas duas palavras do VT (Ex: INFLAÇÃO/COMÉRCIO)

Relatório de Reportagem: texto do repórter. Nela ele prevê a cabeça da matéria, os offs, passagem, sonora. É um roteiro para o editor de texto montar a matéria.

Script: O mesmo que lauda.

Sobe som do VT ou "sobe som": Marcação técnica na lauda. Indica ao sonoplasta o momento em que deve ser colocado determinado som.

Som ambiente: O mesmo que áudio ambiente.

Sonora: É a fala do entrevistado na matéria.

Stand-up: Quando o repórter faz uma gravação no local do acontecimento para transmitir informações do fato. É usado quando a notícia que o repórter tem que dar é tão importante que, mesmo sem imagem, vale a pena.

Teaser: Pequena chamada gravada pelo repórter com a manchete da notícia. Entra durante a escalada do jornal. 

Texto em off, ou off: Texto gravado pelo repórter – normalmente após a gravação da matéria. É a narração da notícia, colocada durante a matéria.

Time code: Relógio digital que conta o tempo de frames, usado para decupagem e edição de fitas.


TP ou Teleprompter: Equipamento acoplado à câmera do estúdio que exibe os textos a serem lidos pelo apresentador. 

Travelling: Movimento de câmera para acompanhar um objeto em movimento.

Videotape ou VT: Equipamento eletrônico que grava o sinal de áudio e vídeo gerado por uma câmera.

Vinheta: É o que marca a abertura ou intervalo do teleojornal. Alguns eventos importantes também merecem vinheta.

Fonte: Universidade Metodista de São Paulo (com alterações)


RESENHA: Dicas #Telejornalismo - Flávio Fachel



Apesar da suposta limitação dos 140 caracteres o microblog Twitter já foi meio e inspiração para diversos publicações, de manuais, publicados por grandes autores e celebres usuários, à ficções escritas coletivamente por usuários anônimos. 

O livro "Dicas de #Telejornalismo", do jornalista e comentarista internacional Flávio Fachel, segue essa tendência. Publicado em 2011 pelo próprio autor e comercializado via internet o livro reúne dicas do dia a dia dos profissionais de telejornalismo, publicadas no Twitter do jornalista entre os anos 2009 e 2011. 

Como seguidora do Fachel, no Twitter, soube do lançamento ainda no ano passado. Por curiosidade cheguei a acessar a página de vendas e me surpreendi com o sistema criado no site, onde os seguidores do autor ganhavam um desconto especial, ao se identificarem, mas na ocasião não adquiri o livro. Até que alguns meses se passaram e finalmente no início de fevereiro, voltei a acessar a página e não resisti. Para minha surpresa - e momentânea alegria - acabei recebendo-o justamente no feriado de carnaval. Um excelente presente pra quem buscava fugir da folia.

A obra tem uma ótima aparência e é impressa em papel estilo couchê, com uma fonte que foge um pouco do padrão, acredito que no tamanho 14. De leitura fácil, já que se trata de dicas curtas (no máximo 140 caracteres) a publicação acaba se tornando um livro de rápida leitura, apesar de suas 207 páginas. Eu, por exemplo, consegui concluí-lo em menos de 24 horas.

Apesar da ressalva da introdução, onde o autor diz que muitas dicas publicadas no Twitter ficaram de fora por serem muito semelhantes, o livro apresenta uma infinita duplicidade, o que torna a leitura chata. Com dicas diferentes que dizem exatamente a mesma coisa, como nos exemplos a seguir:


Além de um erro de digitação super bobo, mas inadmissível numa publicação especialmente voltada para estudantes.


Em resumo, apesar das dicas interessantes, o livro deixou a desejar tanto pela falta de cuidado na publicação, resultando numa repetição exaustiva, como pela relação custo x benefício. Já que o livro custa R$38 (R$ 28 para seguidores), um investimento relativamente alto - volto a repetir - especialmente por ser direcionado à estudantes, além disso se levarmos em consideração que o conteúdo está disponível na internet, através @FlavioFachel, o que talvez - na minha opinião - pudesse resultar numa compilação em e-book, com distribuição gratuita ou promocional.

Mas se, com todos os pros e contras, você ainda ficou curioso para saber mais sobre as dicas do Fachel, aconselho que consiga o livro emprestado ou reserve algumas horas para vasculhar o histórico de postagens do autor no Twitter. Caso contrário vai ficar com a mesma sensação que me toma: "ahhh se arrependimento matasse..." 

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Desafio dos Ebooks no Facebook

A fanpage do Pré Jornalismo já está no Facebook e traz boas novidades, a começar pelo Desafio dos Ebooks (que na realidade deveria se chamar Batalha dos Ebooks, enfim). A proposta é super simples, os usuários poderão optar pelo ebook ao qual desejam através da interação com o post, seja curtindo ou compartilhando. Ao final o ebook vencedor será disponibilizado para download na própria fanpage.
Para começar, duas grandes publicações: "Novos Jornalistas - para enteder o jornalismo hoje", uma coletânea de textos organizada pelo Gilmar Rodrigues da Silva, e o polêmico "A história secreta da REDE GLOBO", de Daniel Herz.
Gostou da novidade? Então não perde tempo. Para participar basta acessar www.facebook.com/prejornalismo, curtir ou compartilhar o ebook de sua preferência, divulgar pros seus contatos e aguardar o resultado que será divulgado no próximo sábado, dia 11.02.2012.

Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Mario Quintana


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O furo de reportagem em tempos de Twitter



É impossível negar a grande contribuição que a rede dos 140 caracteres trouxe para a comunicação. Nunca  antes na história da comunicação houve um fluxo tão intenso e imediato de informação, como o que vivemos em dias atuais. 

O microblog Twitter integrou-se a sociedade brasileira - conhecida por ser uma das mais partidária das redes de relacionamento on-line - de tal maneira que, se antes era quase impossível não estar no Orkut, hoje é raro encontrar alguém que não tenha se adaptado a compactação de suas mensagens e rendido-se ao Twitter.

A plataforma que surgiu com a intenção de compartilhar os passos de seus usuários hoje serve também como agregador e difusor de notícias e links. Sendo atrelado, inclusive, as ferramentas daqueles que antes reinavam soberanos na produção e difusão de notícia: os jornalistas.

Mas até que ponto uma plataforma de proposta tão descompromissada pode ser tida como fonte de informação?

Antes de mais nada, vale uma ressalva: não cabe a essa discussão posicionamentos extremistas, o uso do Twitter nas redações não pode ser determinado como 100% positivo, ou 100% negativo.  Tal reflexão, na verdade, precisa ser avaliada com cuidado e suas análises certamente ultrapassariam os 140 caracteres. 

Embora o Twitter seja uma fenomenal ferramenta de divulgação, cobertura e apuração instantânea, é também, para muitos, uma plataforma de descontração, onde de forma despreocupada, usuários publicam piadas e, não raras vezes, inverdades que na timeline de um jornalista menos criterioso pode passar de furo à barrigada.

Em 2010, por exemplo, o humorista/apresentador Danilo Gentili divulgou no seu microblog que teria assinado contrato com a Rede TV, e logo estaria deixando o CQC (programa que participou de 2008 à 2011) na BAND para integrar o elenco do Pânico, programa também humorístico da concorrente. A notícia ganhou repercussão e foi replicada por alguns afoitos jornalistas em portais de notícia. Poucos minutos és a revelação: era tudo mentirinha. 

Entretanto as falácias do Twitter não se resumem a genial criatividade dos humoristas e em alguns casos podem acarretar consequências ainda maiores, em setembro do ano  passado, no México um casal enfrentou julgamento por divulgar notícias falsas no Twitter. Segundo informações divulgadas na imprensa, o professor Gilberto Martinez Vera e a locutora de rádio Maria de Jesus Bravo Pagola foram acusados de usar o microblog para espalhar pânico na cidade de Veracruz, ao afirmarem que homens armados estariam atacando escolas. A rede de telefonia da cidade entrou em colapso e foram reportadas dezenas de acidentes de carro depois que pais saíram desesperados para resgatar os filhos.

Também em Setembro, algo parecido aconteceu em João Pessoa. Mensagens veiculadas no twitter noticiavam uma possível ação de bandidos em várias escolas da rede pública da capital teria motivado toque de recolher. As primeiras notícias começaram a ser divulgadas pelos próprios alunos, através de celulares e logo chegou aos portais de notícias e as emissoras de rádios e TV. A secretaria de segurança pública do estado foi acionada, esclareceu o boato e, embora a onda de pânico tenha se alastrado na cidade, nenhum vestígio de ação criminosa foi identificada pela polícia. 

Moral da história: Em tempos de imediatismo, a rigorosidade na apuração e  a responsabilidade em noticiar tornaram-se qualidades básicas e determinantes para aqueles que se comprometeram com a verídica informação.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

SORTEIO: Livro do Boni




REGULAMENTO

1. Como participar:

 Para concorrer ao sorteio do "O Livro do Boni" você precisa seguir os blogs Pré-Jornalismo e Jornalismo & Esporte, além de seguir @RichardsonGray e @PreJornalismo.


1.1 Para seguir os blogs acesse www.prejornalismo.com e www.jornalismoeesporte.com na barra lateral a sua direita, clique em Participar deste site (imagem abaixo). NÃO é necessário ter um blog, basta ter uma conta no Gmailno Yahoo ou no Twitter. Caso possua conta nos três, pode seguir 3 (três) vezes, aumentando ainda mais a sua chance de ganhar.



1.2 Para seguir no Twitter, acesse @RichardsonGray @PreJornalismo e clique em SEGUIR.

1.3 IMPORTANTE: Preencha o formulário abaixo:










2. Como será feito o sorteio:

2.1 Será sorteado 01 (um) exemplar de "O Livro do Boni", que posteriormente será enviado ao ganhador através dos Correios, sem nenhum custo adicional.  

2.2 O sorteio será realizado SOMENTE quando atingirmos a marca de 200 seguidores, totalizado 229 seguidores no Pré-Jornalismo e 208 seguidores no Jornalismo & Esporte.

2.3 O sorteio será realizado através do sistema Random.org e divulgado através no Twitter e nos blogs participantes.


Não deixe de participar e de divulgar para os seus contatos, quanto mais rápido atingirmos as 200 inscrições mais rápido ocorrerá a realização do sorteio.

Boa sorte!!!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Lançamento: Livro Mídias Sociais... e agora?


Separe aquele espaço especial na sua estante, por que tem boa leitura saindo do "forno"...

“Mídias sociais e agora? O que você precisa saber para implementar um projeto de mídias sociais”, de Carolina Frazon Terra, é mais um lançamento da Difusão Editora, em coedição com a Editora SENAC Rio. Um livro completo, indicado para profissionais interessados na área e para estudantes de todos os cursos de Comunicação, Marketing e Administração, que traz, com exclusividade, a matriz de presença e engajamento e a régua de posicionamento, ferramentas criadas pela autora para nivelar as organizações quanto à atuação nas mídias sociais. 

Para adquirir o seu, basta entrar em contato pelo email: vendas@difusaoeditora.com.br

Em dezembro/2011 tive a honra de participar de um final de semana de aula com a grande Carolina Frazon Terra. Em debate o planejamento de comunicação para mídias digitais interativas e redes sociais online. Sem dúvidas um aperitivo para o que encontrarei nas páginas desse suprassumo da comunicação digital.

Já quero!!! 


Luiza In Brazil: Cada um tem o ícone que produz



Depois de ser o assunto mais comentado da internet durante duas semanas, a paraibana Luíza Rabello, que até poucos dias estava anonimamente em um intercâmbio no Canadá, ainda colhe os frutos da visibilidade instantânea, agora como formadora de opinião, pode?

Pode! Luíza, que agora é assessorada por uma empresa de comunicação paulista, acaba de lançar seu blog "Luíza In Brazil" em parceria com site Moda It, grande agregador de blogs nacionais e internacionais voltados à moda e outros assuntos do universo feminino.




Embora toda essa história da "Luíza do Canadá" possa parecer um absurdo, ela simplesmente reflete a vontade de um povo (ou grande parte dele). Sim, quem "fez" Luíza acontecer não foram as redes sociais, mas sim seus usuários. E a "piada" ganhou ainda mais força quando a mídia tradicional resolveu entrar na dança e parecer "IN" mostrando ao mundo quem era Luíza. 

E para melhor entendimento dos longos "15 minutos de fama" de Luíza faz-se necessário uma rápida análise, antes e depois de sua passagem pelo Canadá. Luíza de antes: uma menina de 17 anos, rica e filha da alta sociedade paraibana. Luíza pós Canadá: uma menina de 17 anos, ainda mais rica, requisitada pela industria publicitária e conhecida num país inteiro. Em meio a toda essa insensatez resta apenas a figura da menina, que se viu envolvida numa loucura e de "vítima" passou a "sortuda". Simples assim, e nem adianta "xingar muito no Twitter".


Eu ri!!!


 

Fim do O Norte: as máquinas pararam



Despedidas nunca são felizes, especialmente quando sabemos de seu caráter irremediável. Notícias de falecimento, por exemplo, são sempre notícias fortes, causam uma estranha sensação de vazio, além dos incontáveis "porquês". Foi com esse sentimento de tristeza e dúvida que recebi a notícia sobre o fim do centenário jornal O Norte, da Paraíba.

Foram 103 anos de circulação e inúmeras publicações. o O Norte passou de narrador à personagem na história de uma das mais antigas cidades do Brasil. Desde o longínquo ano de 1908, quando João Pessoa ainda era Parahyba, assim, escrita com h e y.

O encerramento do jornal O Norte, antecipadamente anunciado nas páginas da revista Época de dezembro/2011, marca não só a demissão de cerca de 500 funcionários, como também o fim de uma história. E traz à baila um fantasma que ronda as redações: estaríamos diante da paralisação definitiva das máquinas? 

Talvez seja muito cedo pra afirmar, mas a migração do  carioca Jornal do Brasil, do tradicional The New York Times e agora do jornal O Norte das bancas para a internet, definitivamente refletem um cenário de mudança, de evolução que como em todo recomeço causa incertezas, apreensão, e sobretudo saudade daquilo que já não existe mais.