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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma mulher na presidência...


31 de outubro de 2010, uma data pra ficar na história. Após 40 anos do início das grandes revoluções feministas no Brasil, a festa da democracia consagra... Dilma Rousseff, a primeira PRESIDENTA do país. Mineira, Ex militante, Economista, Mãe, Avó - e candidata - de primeira viagem. Essa é a mulher que a partir de 2011 estará a frente da nossa nação.
Um marco na história de uma sociedade genuinamente patriarcal, mas que estranhamente não tem recepção de grandes confetes, como poderia-se imaginar, tamanha a onda de desconfiança impregnada na mente e no coração de boa parcela dos brasileiros, sobretudo dos que não colaboraram pra esse resultado, mas também dos que deram um voto - literalmente de confiança - a essa candidatura.
Diferentemente de eleições anteriores, esse segundo turno não teve candidato que ganhasse por simpatia. Nenhum dos candidatos conquistou o país inteiramente, pelo menos não por conta própria. Serra tem a cara da burguesia, a cara do Brasil de FHC, do Brasil onde os ricos ficam mais ricos e os pobres são dizimados. Lula, foi a campanha de Dilma, sua candidatura nada tem a dever a sua figura. O carisma e o respeito do povo brasileiro por Lula foi o que apresentou a desconhecida candidata e a levou à vitória. Ainda assim, particularmente, essa estranha eleição teve algo de positivo. Me fez ouvir mais, pesquisar mais, assistir a mais debates e escolher por propostas, por coerência - fosse ela mínima - e por razão. Não houve coração nessa campanha, por tanto, pouco se tem há comemorar. O que existe é o desejo de um bom trabalho, afinal isso refletirá diretamente nas nossas vidas.
A nova presidenta recebe em suas mãos um Brasil de expectativas, muitas decisões relevantes precisarão ser tomadas nesses próximos quatro anos. É uma responsabilidade gigante, o que explica essa onda de "um pé na frente e outro atrás". Não conhecemos Dilma, mas à oito anos atrás confiamos em Lula e fomos honrados nesta confiança, agora... já que não podemos contar com ele, só nos resta continuar confiando.

Sejamos esperançosos, sem deixar de sermos fiscalizadores. Mudanças são sempre mudanças.


Elas estão no poder:

Angela Merkel - Alemanha
Michelle Bachelet - Chile
Helen Sirleaf - Libéria
Cristina Fernández de Kirchner - Argentina
Tarja Halonen -Filândia
Pratibha Patil - Índia
Gloria Macapagal-Arroyo - Filipinas
Mary McAleese - Irlanda
Dalia Grybauskaite - Lituânia





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