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sábado, 7 de abril de 2012

Dia do Jornalista: como explicar essa paixão?


Durante a minha inesquecível infância eu sonhei e planejei – de forma despretenciosa – milhares de futuros. Desejei ser cantora, e até Paquita. O que eu queria mesmo era fazer parte daquele universo lúdico, quiça ser famosa. Mas nasci morena, cor de canela e com quase nenhuma afinação.

Os anos seguiram-se e lá estava eu nos backstages de grandes shows, na condição de expectadora, quase sempre em lugares privilegiados, acompanhando os meus interpretes favoritos. Por vezes troquei a tietagem pelo deslumbramento de viver aquele universo, em meio a credenciais, seguranças, multidões, correria e repórteres, muitos repórteres.

Não tenho dúvidas de que esse meu passado me trouxe até aqui. Na brincadeira fui assessora, publicitária e jornalista, ainda que não atribuísse títulos às minhas atividades. Ainda que nem soubesse o que era ser tudo isso. Mas ali, com uma identificação de “acesso livre”, fui picada pelo bichinho da comunicação, e já não tinha como voltar atrás.

Mas ainda que eu puxe na memória, não consigo me lembrar da exata época que adotei a comunicação, como objetivo de profissão. Sei que certamente faz bastante tempo, e com total convicção,  posso assegurar: nunca houve uma segunda opção.

Não me pergunte o porquê, pois a resposta eu não saberia dizer. Mas não é esse o dilema dos caprichos do coração? Quem nesse mundo já entendeu ou explicou o amor? É como querer descrever uma paixão... faltam as palavras. E se tentar usar a vocação como razão, talvez pareça presunçosa, e não quero correr esse risco. (não esse!)

Agora, o desejo da fama já não me acompanha, ficou lá atrás no passado, junto com os cantores e as canções que embalaram meus ingênuos sonhos.  Quanto ao futuro... bom, esse ainda é uma surpresa, que eu sinceramente espero escrever em muitos posts. Afinal, não foi para isso que eu vim???





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