Em junho deste, enquanto o mundo vivia a euforia da Copa Mundial de Futebol, os jornalistas Jadyr Pavão Júnior e Rafael Sbaraia, da revista Veja, abordaram em matéria especial a gigantesca força que as redes sociais, como o Twitter, exercem na sociedade atual.
O caso “CALA BOCA GALVÃO”, que envolveu o global locutor Galvão Bueno, foi apenas uma amostra do poder de difusão que as correntes de pensamento criadas na internet podem alcançar.
A "piada" que já existia a algum tempo ganhou o mundo depois de ser postada por usuários no Twitter. A tag CALA BOCA GALVAO, sem vírgula e sinal gráfico, causou uma tsunami na rede, tornando-se um dos dez assuntos mais comentados do serviço da internet durante uma semana, além de causar uma alegórica situação que atribuiu sentidos absurdos à frase, dizendo se tratar inclusive de uma campanha de preservação de um pássaro em extinção. O burburinho foi tanto que até mesmo o The New York Times, um dos maiores jornais do mundo, deu margem a brincadeira, na tentativa de decifrá-la.
A rede de 140 caracteres, fundada em 2006, também teve papel fundamental na ascensão do presidente Barack Obama, na eleição americana de 2008. Mobilizando a militância, arrecadando fundos e conquistando novos eleitores.
No Brasil, a eleição para presidente, deste ano concretizou o que previu o pesquisador de redes sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Alex Primo, quando disse que todos os políticos brasileiros iram querer ser o Obama da eleição 2010. E assim o fizeram. Os três principais candidatos à Presidência além de manterem-se presentes no Twitter, foram além disso, criaram suas próprias redes sociais. Dilma Rousseff com o Dilma na Rede [http://dilmanarede.com.br/] contabilizava até 25 de outubro, 6.595 membros devidamente cadastrados, já o candidato dos tucanos José Serra contabilizava até esta mesma data, 13.359 no seu “Time 45” [http://souserra.com.br/] e Marina Silva, do Partido Verde, mesmo sem disputar o 2° turno ainda manteve seus 41.635 militantes no Movimento Marina [http://www.eusoumaisum.org/].
Empresas, artistas, ongs, meios tradicionais de comunicação, agências de notícias e pessoas comuns, já não tão anônimas, todos já foram seduzidos pelo “pássaro que ruge” ao som de 140 caracteres.