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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Argumentação: Só aperte "enviar" quando tiver certeza!


Das aulas de Teoria da Comunicação, lembro bastante dos debate fervorosos sobre elementos da comunicação, em detrimento a realidade de uma sociedade da informação. Num desses papos, me recordo de ter levantado a questão da superficialidade dos julgamentos feitos nas mídias digitais, de rápido fluxo e alcance, como o microblog Twitter, por exemplo.

Na época, o assunto em evidência era a polêmica repercussão da campanha da AREZZO, que lançou uma coleção de peças com peles de animais, e em poucas horas se transformou numa forte comoção negativa em torno da marca, principalmente na internet. A crise transformou-se num case coringa, sendo apresentado incessantemente em aulas, palestras, etc.

Entretanto, o aspecto que mais me chamou atenção passa longe do senso de responsabilidade ecológica ou social, por parte da marca ou de seus usuários. Nesse caso, e em tantos outros, o que me impressiona é como as pessoas, na maioria das vezes, não se aprofundam nas questões debatidas, e tomam partido sem, ao menos, saberem o que de fato estão reivindicando.

De fato, em meio a tantas discussões sobre sustentabilidade, ecologia e proteção ao meio ambiente o lançamento de uma coleção como tal, vinda de uma marca que sempre produziu peças com couro sintético, foi no mínimo imprudente. Mas, sejamos francos, quantos dos que questionaram a marca, dizendo inclusive que jamais voltariam a comprá-la, são de fato, engajados em questões ambientalistas? Será que deixaram mesmo de comprar mesmo a marca? E mais, se questionados hoje sobre tal ativismo, será que ainda lembrariam do fato?


Um artigo, escrito originalmente em 2008, pelo autor e programador inglês Paul Graham,  faz contundentes provocação sobre essa abertura de expressão que o cyberespaço possibilitou. "A internet se transformou em escrita", disse o autor. De fato, os fóruns, listas de discussões e comentários em blogs - antes mesmo da ascensão das redes digitais - possibilitaram uma abertura de expressão, nunca jamais vista. Mas qual seria a relevância destes argumentos?

A partir do artigo de Graham, o professor de língua portuguesa André Gonzola, autor do blog Lendo.org, desenvolveu um gráfico que expõe os diferentes níveis de relevância da argumentação, desde ataques sem fundamentos na base da pirâmide, até o topo, com provocações, fundamentadas em razões incontestáveis, que confrontam as afirmações de outrem.


Para nós, pré ou já, jornalistas a importância de bons argumentos chega a ser tão fundamental quanto a importância da apuração. Descordar, protestar, apoiar, criticar são algumas das atividades que estarão constantemente no nosso dia a dia, assim com a responsabilidade de realizá-la. 

Reflita e argumente!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O furo de reportagem em tempos de Twitter



É impossível negar a grande contribuição que a rede dos 140 caracteres trouxe para a comunicação. Nunca  antes na história da comunicação houve um fluxo tão intenso e imediato de informação, como o que vivemos em dias atuais. 

O microblog Twitter integrou-se a sociedade brasileira - conhecida por ser uma das mais partidária das redes de relacionamento on-line - de tal maneira que, se antes era quase impossível não estar no Orkut, hoje é raro encontrar alguém que não tenha se adaptado a compactação de suas mensagens e rendido-se ao Twitter.

A plataforma que surgiu com a intenção de compartilhar os passos de seus usuários hoje serve também como agregador e difusor de notícias e links. Sendo atrelado, inclusive, as ferramentas daqueles que antes reinavam soberanos na produção e difusão de notícia: os jornalistas.

Mas até que ponto uma plataforma de proposta tão descompromissada pode ser tida como fonte de informação?

Antes de mais nada, vale uma ressalva: não cabe a essa discussão posicionamentos extremistas, o uso do Twitter nas redações não pode ser determinado como 100% positivo, ou 100% negativo.  Tal reflexão, na verdade, precisa ser avaliada com cuidado e suas análises certamente ultrapassariam os 140 caracteres. 

Embora o Twitter seja uma fenomenal ferramenta de divulgação, cobertura e apuração instantânea, é também, para muitos, uma plataforma de descontração, onde de forma despreocupada, usuários publicam piadas e, não raras vezes, inverdades que na timeline de um jornalista menos criterioso pode passar de furo à barrigada.

Em 2010, por exemplo, o humorista/apresentador Danilo Gentili divulgou no seu microblog que teria assinado contrato com a Rede TV, e logo estaria deixando o CQC (programa que participou de 2008 à 2011) na BAND para integrar o elenco do Pânico, programa também humorístico da concorrente. A notícia ganhou repercussão e foi replicada por alguns afoitos jornalistas em portais de notícia. Poucos minutos és a revelação: era tudo mentirinha. 

Entretanto as falácias do Twitter não se resumem a genial criatividade dos humoristas e em alguns casos podem acarretar consequências ainda maiores, em setembro do ano  passado, no México um casal enfrentou julgamento por divulgar notícias falsas no Twitter. Segundo informações divulgadas na imprensa, o professor Gilberto Martinez Vera e a locutora de rádio Maria de Jesus Bravo Pagola foram acusados de usar o microblog para espalhar pânico na cidade de Veracruz, ao afirmarem que homens armados estariam atacando escolas. A rede de telefonia da cidade entrou em colapso e foram reportadas dezenas de acidentes de carro depois que pais saíram desesperados para resgatar os filhos.

Também em Setembro, algo parecido aconteceu em João Pessoa. Mensagens veiculadas no twitter noticiavam uma possível ação de bandidos em várias escolas da rede pública da capital teria motivado toque de recolher. As primeiras notícias começaram a ser divulgadas pelos próprios alunos, através de celulares e logo chegou aos portais de notícias e as emissoras de rádios e TV. A secretaria de segurança pública do estado foi acionada, esclareceu o boato e, embora a onda de pânico tenha se alastrado na cidade, nenhum vestígio de ação criminosa foi identificada pela polícia. 

Moral da história: Em tempos de imediatismo, a rigorosidade na apuração e  a responsabilidade em noticiar tornaram-se qualidades básicas e determinantes para aqueles que se comprometeram com a verídica informação.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Lançamento: Livro Mídias Sociais... e agora?


Separe aquele espaço especial na sua estante, por que tem boa leitura saindo do "forno"...

“Mídias sociais e agora? O que você precisa saber para implementar um projeto de mídias sociais”, de Carolina Frazon Terra, é mais um lançamento da Difusão Editora, em coedição com a Editora SENAC Rio. Um livro completo, indicado para profissionais interessados na área e para estudantes de todos os cursos de Comunicação, Marketing e Administração, que traz, com exclusividade, a matriz de presença e engajamento e a régua de posicionamento, ferramentas criadas pela autora para nivelar as organizações quanto à atuação nas mídias sociais. 

Para adquirir o seu, basta entrar em contato pelo email: vendas@difusaoeditora.com.br

Em dezembro/2011 tive a honra de participar de um final de semana de aula com a grande Carolina Frazon Terra. Em debate o planejamento de comunicação para mídias digitais interativas e redes sociais online. Sem dúvidas um aperitivo para o que encontrarei nas páginas desse suprassumo da comunicação digital.

Já quero!!! 


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A teoria do espelho e o jornalismo de entretenimento feito na web



Por Marcelo Rebelo

Defendida por muitos, a Teoria do Espelho traduz a ideia da fotografia e sua reprodutibilidade técnica, ou seja, o jornalista é um observador desinteressado, que retrata fielmente a realidade. Nesse momento de frenesi midiático por qual o mundo vive, ela cai como luva para o jornalismo de entretenimento, sobretudo o praticado na web, que está no chão por refletir com perfeição em seus textos a mediocridade pela qual passa a indústria do entretenimento mundial. 

Com a globalização e a instantaneidade da informação promovida pela internet e incrementada com as redes sociais, o modelo cultural mundial passou a ser o norte-americano, incentivador do consumismo, um prazer almejado mundialmente. Assim, o jornalismo de entretenimento praticado por lá - de culto às celebridades, de incentivo à indústria milionária dos paparazzi e de imposição a padrões de beleza absurdos - é hoje macaqueado em todo o globo. 

Entretanto, não precisamos continuar com o nosso complexo de vira-latas - como se referia Nelson Rodrigues ao sentimento tupiniquim de inferioridade aos europeus e aos norte-americanos - pois estamos em condição de competir cabeça a cabeça com os gringos no quesito como produzir um jornalismo de entretenimento de péssima qualidade. 

Basta uma navegada superficial nos três principais portais do país (UOL, Terra e G1) para comprovar o baixo nível do jornalismo de entretenimento praticado aqui. As manchetes fazem rir de tão risíveis e o conteúdo chega mesmo a assustar. "Luana Piovani chama Carolina Dieckman de tronquinho", "Grazi faz ensaio sensual e diz que usava enchimento", "Top Izabel Goulart curte folga patinando toda equipada" e outras pérolas. E a coisa segue ruim. 

O imbróglio causado por uma piada grosseira dita por Rafinha Bastos para Wanessa Camargo virou um espetáculo à parte e, após quase três semanas, o fato ainda reverbera na mídia e nas redes sociais. A surreal manchete do site F5, canal de entretenimento da Folha, "Feto de Wanessa é autor de processo contra Rafinha Bastos", foi uma verdadeira aula de jornalismo em como se criar um Fait Diver. 

E a expressão "aquilo que está ruim pode piorar" é levada à risca com o fim do diploma para o exercício da profissão. Ao invés de profissionais, veem-se aspirantes a celebridades atuando como repórteres, principalmente na TV. As entrevistas e matérias realizadas são puro nonsense, com as celebridades sentindo-se à vontade para trocar beijinhos, falar da dieta, negar boatos, divulgar trabalhos, gargalhar, reclamar dos paparazzi, enfim, uma festa entre amigos. 

O curioso nessa relação é que a fronteira entre fonte e repórter, base para a isenção e um dos pilares para a produção de um texto jornalístico de qualidade, simplesmente não existe. O professor e pesquisador Nilson Lage, ensina que é tarefa comum dos repórteres selecionar e questionar suas fontes, colher dados e depoimentos, situá-los em algum contexto e processá-los segundo as técnicas jornalísticas. Assim, técnica e teoria são ignoradas e conceitos díspares como jornalismo e assessoria de imprensa fundem-se.

Acredito que, além da globalização, um dos principais motivos para o declínio da qualidade do jornalismo de entretenimento esteja na facilidade e baixo custo de produção das notícias propiciadas pelo meio virtual. Hoje, meia hora após uma celebridade ser fotografada numa situação qualquer, já existe uma nota num site. Nesse processo tem-se a clara impressão de que a teoria do gatekeping, importante por exercer um filtro na qualidade informacional, parece não ter mais valor, pois com a inexistência de limites espaciais e custo quase zero para publicação de textos na web, sobra espaço para tudo. Desse modo, a qualidade informacional cede lugar ao fugaz e ao descartável, pressionada pela rapidez e pela instantaneidade com que a informação é obrigada a circular na web. 

O lamentável é que profissionais com prática e vasta bagagem cultural, aptos a produzir um jornalismo de entretenimento de qualidade veem sua área de atuação cada vez mais reduzida. A crítica literária, teatral, cinematográfica e musical que exige anos de estudo e preparação foi relegada a cadernos e matérias especiais nos meios impressos e sumariamente substituída pela resenha nos sites. 

Acredito que o empobrecimento do jornalismo de entretenimento é um caminho sem volta, pois enquanto houver público disposto a consumir esse tipo de assunto mais material com esse cunho será produzido. Nem mesmo o Código de Ética dos Jornalistas pode ajudar a reverter essa situação, pois o inciso II, do artigo 6º, diz que "é dever do jornalista divulgar os fatos e as informações de interesse público", e como o interesse do público tem se voltado para o que está no fundo do fosso, acostumemo-nos com o ruim, então.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Mídias sociais podem ajudar jornalismo a acompanhar mudanças no uso da informação

Fundadora do site The Huffington Post, a empresária norte-americana Arianna Huffington diz não acreditar em uma separação estanque entre a mídia tradicional e as mídias sociais. "Há algo que falta na mídia tradicional que nós podemos capturar nas mídias sociais: contar histórias. Estamos preocupados demais com dados. É muito mais difícil capturar leitores com dados do que com histórias." A empresária está em São Paulo e deu uma palestra no evento InfoTrends em que alertou que é preciso entender melhor como essa mudança altera o uso da informação. "Antes consumíamos as notícias no sofá. Agora fazemos isso galopando." Em sua apresentação, fez outra crítica ao jornalismo: é preciso acompanhar mais uma mesma história. "Não é apenas publicar uma reportagem. É preciso continuar cobrindo." Arianna disse que as mídias sociais revolucionaram também a maneira como as empresas se relacionam com os consumidores. "Não pense no Twitter como um mapa da vida das pessoas, mas sim como um mapa da mente delas." Ela citou o Huffington Post como exemplo de como aproveitar melhor as mídias sociais. "Nós não damos apenas informação ao leitor. Damos uma plataforma onde ele pode compartilhar seus pontos de vista e seus hobbies." O site Huffington Post dá acesso gratuito a seu conteúdo que seu origina, em grande parte de maneira voluntária, de blogueiros. A viagem da empresária ao Brasil tem como objetivo encontrar um sócio para iniciar a operação local do grupo. 




 Fonte: Folha de S.Paulo / O Estado de S. Paulo / Comunique-se

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Assessoria de Imprensa - Volta para o futuro

O veterano assessor de imprensa esteve afastado do mercado de trabalho por mais de dez anos. Nesse período, manteve-se alheio ao espetacular desenvolvimento da Web 2.0, com seus blogs, redes sociais e twitter. Um dia resolveu retomar a antiga atividade, na mesma agência de Comunicação, e não teve grandes problemas para adaptar-se ao serviço porque em sua empresa as coisas não mudaram muito, apesar do grande salto da Internet na última década. Em essência, a relação com os clientes continuava a mesma: a busca por espaço nos jornais, revistas e TVs e, ao final, um relatório com análise desses resultados. Em alguns casos, havia alguém que, vez por outra, postava no twitter ou no Facebook alguma novidade, especialmente sobre produtos. Nada além disso. O certo é que muitas assessorias de imprensa, Brasil afora, não alteraram sua rotina, mesmo diante de tantas mudanças no mundo virtual e na tecnologia da informação.

Obviamente, o hipotético assessor não trabalhava numa grande agência ou numa pequena empresa inovadora. Estava de volta a uma assessoria de imprensa que não se mobilizou o suficiente para usar, de forma dinâmica e efetiva, os poderes das ferramentas online. Muito menos desenvolveu ou aprendeu modelos de mensuração de resultados capazes de convencer o cliente da importância desses meios.

Do mesmo modo, o assessor nem tinha conhecimento que começava a surgir outro tipo de empresa de comunicação, voltada exclusivamente para a Internet. Elas terminaram evoluindo mais, ao adotar um conjunto de métricas e procedimentos em busca de uma melhor compreensão do novo mundo online e das necessidades do cliente nesse ambiente, especialmente em relação às mídias sociais.

Mesmo elas, no entanto, ainda são vistas com alguma reserva para uma fatia da clientela potencial, que se apegou o fetiche do papel e dele não arredou pé. Por isso, as tradicionais assessorias de imprensa, até as mais conservadoras, ainda tem um peso maior no mercado. Tais empresas e seus clientes também não entenderam que as recém-chegadas são parte importante do trabalho de relações com a mídia e para outros tipos de consultoria prestados no setor. Vale destacar, neste caso, que o Brasil começou a despertar lentamente para o novo nicho, mas tem corrido contra o relógio para atualizar-se.

E por que, no mundo dos negócios, a divulgação online ainda é vista com certa cautela? Não há como encontrar “culpados” nesse processo – nem clientes nem prestadores de serviços de comunicação. A questão é que a Web 2.0 ainda é subutilizada e, para alguns, um mistério. Em artigo recente na Folha de S. Paulo, o fundador do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R), Silvio Meira, dá algumas pistas. Ele afirma que as empresas, de uma forma geral, ainda não sabem lidar com esta “segunda natureza dos negócios”. Segundo Meira, elas terão que criar, desde o nascedouro e em sua própria cultura corporativa, um modelo que se adapte às novas mídias. Não podem pretender o contrário, ou seja, o encaixamento da web aos seus processos. Na opinião do cientista – um dos fundadores do Porto Digital do Recife – milhões de tuítes e retuítes podem ser inúteis para alavancar os negócios dos clientes, caso não adotem uma relação orgânica com o universo digital.

Nesse cenário, é bem provável que o velho assessor continue tocando suas tarefas como antes por algum tempo. Até que descubra que a atuação no ambiente online, de maneira colaborativa e participativa, não é uma moda, mas um espaço de negócios do nosso século – uma prioridade do cliente e uma necessidade de sua agência de comunicação em um futuro bem próximo. A partir daí, o veterano assessor deverá pensar seriamente em um belo projeto de reciclagem de conhecimentos. Tanto ele quanto sua agência de comunicação.

sábado, 14 de maio de 2011

Já pesquisou no Google???



Detalhes, são justamente nos pequenos detalhes que as evidências vêm à tona.
E quer evidência, mais contundente, de que jornalismo ainda não se adaptou as ferramentas disponíveis no atual cenário da comunicação? 
Até o momento desta publicação, nenhum veículo paraibano noticiou que o mesmo rapaz assassinado com 11 tiros na madrugada deste sexta feira (13) é o mesmo envolvido na morte de uma jovem, em um motel da cidade, no ano passado. Mesmo essa informação estando apenas a um clique. Bastou uma mente um pouco mais curiosa, buscar por informações através Google, com o nome da vítima, e tcharam.... e uma gigantesca lista de resultados foram sendo listados, mas por que será ninguém pensou nisso? Pressa, preguiça, despreparo, ou tudo junto?








 Único portal que noticiava o assassinato - sem mencionar o outro crime - 
até as 9h10 da manhã deste sábado (14).






quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Shut up!

Com a web 2.0 a palavra de ordem é interatividade. Todos passaram a ter seu espaço de livre expressão. Quer dizer, todos, exceto os leitores do jornal "O Estado de Minas", que em medida drástica passou a proibir os comentários dos leitores em seu site. A explicação se deu devido as ofensas que os leitores trocavam entre si. (Será?)




O Pré Jornalismo não teve acesso a estes comentários "mal criados", entretanto a decisão radical do jornal levanta uma questão pertinente: Estaria o jornalismo pronto para lidar com a participação livre de seus leitores? (comente sua opinião, aqui você pode! =x)
É muito estranho que um simples sistema de moderação de comentários não pudesse resolver o problema da "pequena parcela" de usuários rebeldes, no espaço de comentários do  "O estado de Minas". E pode até não ser o caso, mas não é de hoje que a imprensa tenta burlar a liberdade de expressão - que ela mesmo defende com unhas e dentes - e faz vista grossa para as opiniões dos leitores. Na época em que a "carta do leitor" era o único meio de expressão, só eram publicadas as mensagens que convinha a chefia do jornal. Até aqui nunca tive notícia de um único jornal que tenha publicado uma crítica algoz destinada à si próprio. Assim como um programa de TV ou rádio, jamais abriria seus microfones para uma participação que viesse a ferir seus feitos e egos.
Com a internet tudo isso mudou, ou não. Já que mesmo tendo passe livre pra navegar nos espaços da notícia, o leitor ainda corre o risco de ser barrado no baile. 


Shut up!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A voz da cibercomunicação

Há quarenta e dois anos atrás, certamente os pesquisados do Departamento de Defesa norte-americano jamais imaginariam o que viria a ser a sutuosa Arpanet, até então uma rede nacional de computadores que tinha o objetivo de conectar as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano. 
A rede de conecções expandiu-se por todo o mundo, de tal forma que a humanidade e as relações sociais nunca mais foram as mesmas. Assim, como o Jornalismo e tantas outras profissões.
Histórias como a do jovem Rene Silva, estudante do 2° ano do ensino médio, morador do complexo de favelas do Alemão no Rio de Janeiro, ressaltam a importância do jornalismo colaborativo, mas principalmente a força de transformação que a internet, sobretudo pelas mídias sociais, causou na sociedade.
Rene, conquistou a admiração e o respeito de centenas de pessoas - algumas delas de muita notoriedade - quando em meio ao caos causado entre o confronto de traficantes e policiais na comunidade onde vive, fez sua voz ecoar pelo país através do microblog twitter.
Quando pessoas como o Luciano Huck, a novelista Glória Perez e o jornalista Jorge Pontual começaram a retuitar o que ele postava seu numero de seguidores saltou de 200 para 40 mil.
E na medida em que a repercussão foi chegando aos sites de notícias, novas e incríveis descobertas eram sendo reveladas sobre jovem prodígio. Uma delas, é que ele não é simplesmente um "twitteiro" - o que já seria o máximo - por que  além de utilizar a rede social, ele também mantém um site e um jornal comunitário impresso, o qual foi fundador há 5 anos e hoje contabiliza uma tiragem média de 5 mil exemplares.
Com o reconhecimento do seu talento e do trabalho fantástico que desenvolveu, Rene foi convidado a participar de uma palestra, no dia de ontem (23), no Campus Party Brasil, evento de tecnologia e cultura digital que aconteceu em São Paulo e reuniu mais de 6500 pessoas, entre participantes, colaboradores e palestrantes. Além disto, recebeu uma bolsa para cursar a faculdade de Jornalismo na Faculdade Estácio de Sá, curso este que ele faz questão de fazer antes de ser de fato considerado jornalista.
Isso é a sociedade da cibercomunicação, da inteligência coletiva. E que multipliquem-se os "Renes" por este mundo à fora, empenhados em fazer a diferença. Isso é encantador!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Procura-se a notícia!

A velocidade das informações no mundo das redes sociais já não é novidade. Mas, para profissionais de jornais e portais on line, caracterizados como geradores de conteúdo, a adaptação com essa abrupta velocidade não tem sido um simples processo.
Na manhã desta quarta feira, dia 19, a jornalista paraibana, Harryanne Arruda postou em sua pagina do twitter a seguinte mensagem:  


Referindo-se a uma notícia recém publicada pelo Portal ParaibaAgora. Entretanto, em poucos segundos já não existia notícia alguma, o título foi alterado, restando apenas as fotos do acidente.
Obviamente, muitos dos 1,314 seguidores da jornalista (eu, inclusive) acessaram o link e não encontraram a referência dada pela mesma. O que sucedeu numa seqüência de "twittadas" no sentido de tentar entender o que havia acontecido com a tal notícia. Até que um outro site. o Portal 950, publicasse - com créditos - a tal notícia "fantasma".

Questionada sobre o ocorrida a editora do PB Agora e também jornalista Márcia Dias, respondeu pelo twitter que a notícia não havia sido retirada, explicou (com detalhes) como é feita a postagem das notícias (???) e falou da confiança que o portal tem na competência de  sua equipe, além de mencionar que trabalham com poucas pessoas.
"Confusão" esclarecida, a notícia voltou a aparecer no site de origem, dessa vez em outra página.

Um fato, eu diria, corriqueiro na era da comunicação imediata, mas um erro grave na qualidade da informação, que ainda continua - ou deveria continuar sendo - essencial. 

sábado, 15 de janeiro de 2011

Twitter X Furo Jornalístico

O furo jornalístico está pro jornalista assim como o gol está para um jogador de futebol. É a consagração de um trabalho dedicado e de horas de apuração e investigação.
Entretanto, há algum tempo este patrimônio do jornalismo tem sofrido com a redução do triângulo: fonte - jornalista - público, nas redes sociais, de grande aceitação entre aqueles que antes só se pronunciavam através de ofícios ou coletivas de imprensa.
Fato recente que chamou a atenção imprensa local foi a divulgação do novos secrétarios, para o novo governo do recém empossado Ricardo Coutinho (PSB) que usou o microblog Twitter @realcoutinhocom direito a hora marcada.
Esse é apenas um dos inúmeros exemplos de autoridades ou celebridades que utilizam das redes sociais como canal direito com seu público.
Sobre o tema o jornalista Carlos Castilho do site Observatório da Imprensa publicou em julho de 2009 que "para os repórteres e editores, a ampliação do uso do Twitter marca mais um passo na direção do fim da era do furo jornalístico. É também um novo empurrão no sentido da transformação dos profissionais em orientadores e contextualizadores das informações passadas ao público pelos tomadores de decisões e formadores de opiniões."
Entretanto, não se pode supervalorizar as redes sociais ao ponto de condenar o furo jornalístico ao desuso absoluto, até mesmo por que dentre centenas de informações divulgadas ao grande publico, sem intermédio da imprensa, milhares de outras continuaram ocultas nas redes sociais, e só chegarão até elas através do trabalho jornalístico.
Fato indiscutível, é que o jornalismo passa longe de ser uma profissão estática. Movida pelas descobertas e adaptações a atividade jornalística descobriu e ainda descobrirá muitos desafios ao longo de sua execução na história, sem grandes catástrofes ao que se refere a suas características essenciais.


Leia também: "Algumas referências sobre twitter e jornalismo" (Via Mídias Digitais Internet) 


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Jornalismo - Vai encarar?


Numa pesquisa nada haver, coisas do Google, acabei tendo uma grata surpresa. Encontrei no portal da "Revista N", um artigo muito singular e imerso de sinceridade, de autoria da jornalista portuguesa Ana Maltez, publicado em 2008.
Apesar de estarmos em continentes diferentes e condições distintas tanto de formação quanto de trabalho, tenho uma tímida impressão de que em terras brazucas a história não é tão diferente...


De jornalista para jornalistas

Nunca ninguém disse que o mundo do jornalismo era fácil. E, de facto, não o é. Nem nunca será, pelo menos para quem leva a profissão a sério. Estamos expostos. Demasiado expostos. Demasiado vulneráveis. Somos alvos fáceis, com um nome a manter. E isso acaba por tornar-se complicado. Muito complicado, sobretudo para quem começa.
Horas extra, muitas horas extra. E um salário que é tudo menos extra. Mas como a vontade de trabalhar é sempre mais que muita na nossa idade a coisa acaba por ficar equilibrada.
Ao contrário do que possam pensar, esta não é, de todo, uma visão negativista sobre o jornalismo. Não é mesmo. Estou de alma e coração naquilo que faço, em todas as reportagens que preparo, em todas as notícias que escrevo. E é precisamente isso que torna o nosso trabalho e a nossa profissão tão especiais.
Terminei o meu estágio curricular obrigatório há quase um ano. E muita água correu entretanto. Ao contrário do que muita gente pensa, os três ou seis meses que dedicamos a um determinado órgão de comunicação (na maioria dos casos, sem sequer receber subsídio de alimentação ou transporte) não são tempo perdido. São meses de enriquecimento pessoal, de ganho profissional, de experiência que nos tornam diferentes e que nos dão vantagem neste mercado de trabalho que é, sem meias palavras, uma verdadeira selva.
Seja numa redacção de televisão, seja na redacção de um jornal ou revista ou mesmo numa rádio, a nossa atitude vale ouro. É importante não esquecer o percurso que sempre fizemos até chegar ‘aqui’ e, sobretudo, é importante não esquecer aquilo que somos. Há quem se ache ‘o maior’ ou ‘a maior’ só por trabalhar no meio de gente conhecida. Balelas. Não é isso que nos vai tornar bons profissionais. E não é isso que nos vai fazer sentir realizados.
Desde Julho de 2007, altura em que comecei a estagiar, que não sei o que são Férias (com letra maiúscula, sim, as verdadeiras Férias!). Mas é esse o espírito. Pelo menos para mim. Não me arrependo de ter dado prioridade à profissão. E desengane-se quem pense que ficar em casa sem saber o dia de amanhã é bom para descansar, porque não é, de todo.
Mas enfim, depois do estágio curricular, e para quem quer exercer a profissão, segue-se o pedido de carteira profissional. Demora, é certo. Mas quando podemos, finalmente, pedir o título definitivo, é um alívio…na própria carteira também, diga-se de passagem. Um alívio que, se não estou em erro, já ultrapassa os 40 euros.
Depois disto, meus amigos, é ganhar juízo, assentar e encarar o jornalismo com a responsabilidade e a atenção que ele merece.
Depende (também) de nós a urgente mudança que tanto se apregoa nas faculdades para os meios de comunicação. E quando se sentarem, pela primeira vez, na cadeira de uma redacção, vão poder compreender todas estas palavras e vão poder dar valor aos anos que passaram a ‘queimar pestanas’. Porque ‘aqui’, não ‘queimamos pestanas’. Simplesmente não as fechamos, se é que me entendem (pelo menos da forma tranquila como as fechamos ao adormecer antes de mais um dia de aulas).
Só vos posso dizer para aproveitarem ao máximo os tempos de faculdade. Muito embora seja um mundo completamente diferente do mundo do trabalho, é ele que ainda nos vai abrindo portas. Sigam o que a vossa vontade dita, mas acima de tudo pensem no futuro e, se possível, vivendo um dia de cada vez. E acreditem que é possível.
Fonte: Revista N


PS. Sei que estou ausente demais do blog. Mas, a correria na minha vida não esperou a realidade das redação, como bem exemplificou a cara colega Maltez, acho até que estou num ensaio do que me espera nos próximos capítulos. Prometo me disciplinar melhor pra não deixa-los tão abandonados por tanto tempo.
PS2. Agradeço de coração os comentários do post anterior. Em especial a Juba, pernambucana, estudante de Ciências da Comunicação e autora de um blog muito bacana sobre Cultura Digital. Dêem um pulinho lá.. irão gostar: http://blogdajubaaa.blogspot.com/

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O que será do amanhã???


... responda quem puder.


Na era da agilidade, da tecnologia e da consciência - lê-se MEDO - ambiental uma secular tradição caminha para seus últimos suspiros.


Seria o fim do Jornal Impresso???

Há poucos meses um dos mais lendários jornais de nosso país aposentou suas impressoras e aderiu a versão digital, trata-se do Jornal do Brasil, ícone para o Rio de Janeiro na década de 80, que diante do alto custo de sua principal materia prima, o papel, não esitou migrar-se para web.
Agora, confirmando uma possível tendência, é a vez do tradicional e conservador jornal americano, The News York Time, anunciar definitiva digitalização.
Ambientalista comemoraram tais mudanças, afinal, tais publicações resultam do sacrifício de diversas florestas, além da poluíção proviniente da indústria do papel.
Já para a comunidade jornalística aumenta a dúvida, se esse seria mais uma sinal da mais uma grande revolução no meio (depois da banalização da função, com a absurda queda do diploma). Os Leitores, maiores beneficiados, entretanto, tem muitos motivos pra comemorar, afinal diminui os custos, aumenta a agilidade da notícia e com a grande concorrencia entre sites, blogs, redes sociais e afins, aumenta a busca pela qualidade. (Assim se espera!)

É viver pra ver...




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